conter12

domingo, 25 de janeiro de 2015

Historia De Preto Velho Pai Joaquim

Pai Joaquim deste Templo de Umbanda, nasceu na Senzala de Pernambuco, no ano de 1623. Foi um dos primeiros escravos a nascer em solo brasileiro e recebeu o nome de Joaquim José (em homenagem ao avô e ao pai de Jesus - que ele nem sabia quem era). Conheceu um dos primeiros líderes do Quilombo dos Palmares: Ganga Zumba, que morreu envenenado por seus opositores quilombolas. Em seguida, assumiu Zumbi, que se tornou um dos líderes mais conhecidos, porque não aceitava negociações com o governo. Palmares foi praticamente destruída em 1694. Zumbi dos Palmares foi morto degolado em 20 de novembro de 1695 por bandeirantes. (Atualmente comemora-se o Dia da Consciência Negra nessa data.)
Pai Joaquim, por viver nessa região, presenciou todos os massacres, tentou fugir algumas vezes e foi apanhado. Era amigo de Zumbi e admirava-o. Levou muitas chibatadas amarrado ao tronco. Quando não aguentou mais apanhar, desistiu de fugir. A pedido de sua mãe: "Nhá Ana" se conformou e aceitou seu jugo de escravo. Disse-lhe ela: "Meu filho, prefiro-o vivo perto de mim, do que morto e longe". Então ele ficou. Acabou morrendo antes da mãe e de seu amigo Zumbi, de febre e inflamação nos pulmões, no ano de 1687. Nhá Ana morreu em seguida, aos 96 anos.
Pai Joaquim disse que os negros que sobreviviam aos porões dos navios e às chibatas, tornavam-se fortes e resistentes e por isso viviam muito. Os Senhores Feudais os alimentavam de sobras dos animais (patas, orelhas, tripas, etc), mas eram justamente as partes com maior quantidade de proteínas. Eles também sabiam curar suas feridas com ervas e unguentos diversos. Nhá Ana tornou-se babá dos sinhozinhos da fazenda e era respeitada por eles. Joaquim conformou-se em ficar, tornou-se um líder dentro da fazenda, dirigindo os demais escravos e até ajudando-os a fugir para o Quilombo.
Quando morreu, estava em paz consigo e com sua consciência e tornou-se um mensageiro espiritual dos irmãos africanos. Atuou nas senzalas do Brasil junto ao povo de descendência yorubá (Jêje, Nagô, Ketu e Angola), aconselhando os escravos a não usarem seus conhecimentos ancestrais para a magia negra e para a vingança. Hoje atua na Umbanda servindo como "Guia Espiritual" na Falange dos pretos-velhos de Angola, porque sua mãe foi trazida para o Brasil da região do Congo-Angola na África.

Historia De Exu 7 Ventanias

Foi um guerreiro muito forte ,morava em uma colina com seus pais e presenciou os mesmos serem assasinados ,depois disso jurou vingança e matou a todos ,vagou pelo mundo por muito tempo combatendo todo tipo de injustiça ,morreu numa briga tomando 7 facadas mais mesmo assim matou seu oponentes!

Como gostava muito da colina onde nasceu e onde o vento batia formando verdadeiras ventanias adotou esse nome para si. Nasceu em uma aldeia Africana em 610 d.c. Foi um garoto franzino e muito fraco, certo dia teve uma doença rara, doença essa que não havia médico que achasse a cura, sua mãe em desespero resolveu leva-lo até um velho senhor que diziam ser curandeiro, esse senhor disse a sua mãe que tratava-se de uma cobrança espiritual e que se eles fizessem o que ele dissesse seria fácil curar o menino, disse também que o menino iria ser muito forte.

Iniciou o tratamento e em poucos messes o menino já ganhara peso e estava quase curado, já maior e ainda continuando seu tratamento começou a aprender a magia que o curandeiro fazia, tanto para curas, como a magia negra de defesa e quebra de demandas, e ao se tornar adulto presenciou uma injustiça em sua aldeia, onde soldados mataram, muitas pessoas inocentes, revoltou-se e partiu em busca de vingança, matou em um dia 49 soldados
Daí em diante partiu pelo mundo combatendo aqueles que cometiam essas atrocidades por onde chegava ouvia murmúrios por sua presença e em certo dia ouviu que teria um vendaval por conta de sua chegada, pois chegara em terras onde certo fazendeiro tirano comandava com braço de ferro, foi aí que um morador disse chegou o tal vendaval ,esse homem carrega consigo uma ventania ,onde chega acaba com tudo e com seus oponentes e em minutos ,parecia ter havido uma verdadeira ventania ,o cenário era destruição total ,corpos caídos ,sangue ao chão e muitos objetos quebrados !desse dia em diante adotou o nome de Ventania abdicando do nome de batismo que era Thaafari

Certa vez ao descansar em uma colina onde resolvera montar pouso foi surpreendido por soldados e ao lutar com muitos acabou morto, mas mesmo no leito de morte não deixou de lutar morreu, mas matou 63 soldados de 100 que haviam no dia!
Tempos depois seu espírito teve a chance de se redimir por seus pecados e até hoje trabalha na linha da umbanda ajudando a quem precisa, suas cores são o verde e preto, cores estas que segundo ele o verde representa as matas lugar onde sempre se sentiu bem e o preto representa sua magia, sua bebida é a água ardente, marafo, conhaques. Fuma charutos, tem sempre uma aparência rustica, olhos atentos dificilmente sorri, é sempre muito sério e exigente com seu médium, quase sempre escolhe o médium quando criança, pois segundo ele é alí onde está a verdadeira essência das pessoas onde se vê o tipo de pessoa que será.
No meu caso só incorporei aos 25 anos, sou grato por ter sido escolhido por esse exú que tanto me ajuda!

Laroyê sr. Ventania das matas émojuba!!

Historia De Preto Velho Pai Tomas

Negro Tomas, um escravo que veio de Congo na divisa com Angola no território africano, em chegado ao Brasil pelos mercadores de escravos, o mesmo fora levado ao mercado de negros e por se tratar de um negro bem apanhado fora comprado por um senhor de engenho o qual tinha escravos que se utilizava de fugas e sabendo que o negro tomas seria da milícia de Congo o mesmo fará incumbido a caça-los, fora então o negro Tomas empossado como um caçador de negros que utilizavam de fugas para se livrarem dos trabalhos, mandado a um *Quilombo no interior de Minas Gerais negro Tomas não podia ser seus conterrâneos Africanos nos estados de abandono em que se encontravam, porque o negros que fugiam eram então levados aos Quilombos e açoitados quase ate a morte, negro Tomas se compadecendo dos mesmos passou a ajuda-los com terapias de ferimentos utilizando o que dispunha na época, ervas, graça animal e até água, mas não podia ele Tomas, ficar cuidando dos seus pois sua incumbência era exatamente o oposto, caça-los e castiga-los, fazia ele então o que os senhores o mandava, saia a procura dos escravos fugitivos e ao encontra-los, na maioria das vezes todos em estado lastimável de saúde, o levava para Quilombos mas ao invés de os castigarem começava ele, negro Tomas, a orienta-los de como agiriam para poderem terem seus “irmãos” livres, começou ai então uma rebelião nacional dos negros fugitivos, Tomas passou então a ser visto pelos negros como um salvador da escravidão a que eles estavam expostos. Tomas não recebia salário pelos préstimos aos senhores fazendeiros e proprietários de negros, apenas tinha “regalias” para um negro da época, era respeitado pelos milicianos da força nacional pois tinha vasto conhecimento na região em que atuava e se valendo deste conhecimento e destas “regalias” tentava impedir ao maximo a entrada de outros caçadores na floresta onde existiam tais quilombos. Era Tomas um negro bastante religioso e dizia sempre que um dia o Sinhozinho Jesus Cristo os libertaria daquela escravidão e da vida de mentiras em que ele Tomas estava envolto, mal sabia ele Tomas, que para sua infelicidade no meio dos negros ao qual ele próprio “capturou” e o levou ate um quilombo havia um ao qual por inveja de suas “regalias” com os brancos e sua autoridade com os negros, viera a denuncia-lo para os senhores de engenhos e fazendeiros o qual não tiveram perdão, mandaram os feitores prender Tomas e o negro ao qual fora o denunciante, ao denunciante mataram friamente e a Tomas o Açoitaram até a Morte, ou até ele proferir suas ultimas palavras: SINHOZINHO JESUS CRISTO VAI ME LIBERTAR..
E hoje nos da Tenda de Umbanda do Pai Tomas, contamos com a Luz Espiritual deste Preto Velho e a ele pedimos sempre que nos ensine o caminho para a nossa felicidade, o caminho para que possamos com sua proteção trilhar sempre com o pensamentos e atitudes voltadas ao nosso PAI OXALÁ; A SUA BENÇÃO NOSSO PAI OXALÁ, A SUA BENÇÃO PAI TOMAS;

Historia De Caboclo Arranca Toco

Seu Arranca Toco é um caboclo muito conhecido, mas alguns desconhecem sua origem. 
Este guia é o chefe da falange dos Caboclos de Obaluaye; esses caboclos são raros, pois são espíritos dos antigos "bruxos" das tribos indígenas. São perigosos, por isso só filhos de Omulu de primeira coroa possuem esses caboclos. 
Sua incorporação parece um Preto-velho, locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins.
A história conhecida deste caboclo é que foi um feiticeiro e que ajudava muito sua tribo ensinando o poder das ervas. Fontes não concretas dizem que vivia numa tribo na América Central e foi morto na colonização dos espanhois.
O seu modo de agir em terra é parecido com os Exus, não são de falar muito, preferem efetuar seu principal trabalho que é transformar energias negativas em boas. 

Espiritualmente os caboclos desta falange são grandes pajés e feiticeiros e tem um grande conhecimento de ervas. 
O principal subordinado do Caboclo Arranca Toco é o Caboclo Araúna que também trabalha na linha de Obaluaye. Outros caboclos desta linha são: Caboclo Jacuri, Jariuna, Caramuru, Bugre, Iucatan, Pena Roxa, Pena Preta, Caboclo Roxo, Uiratan, Pantera Negra, Jaguariuna, Bauru.
O sufixo "Una" quer dizer "Negra" em tupi; sendo assim, todo caboclo que tiver esse sufixo no nome tem ligação com Obaluaye.

Historia De Caboclo Ubirajara

Caboclo Ubirajara - Peito de Aço

Por mais longa que seja a caminhada…
Por mais íngreme que seja o caminho…
Por mais pedras e obstáculos que possas encontrar…

Não desistas!
A convicção na certeza de alcançarmos nossos objetivos, nos fará suportarmos todas as intempéries e incertezas que o futuro nos indicar. Pois, somente assim, ao raiar de um novo dia, conseguiremos ver a brilhante luz do sol, e sentir o calor que só ele produz, a aquecer-nos o coração enrijecido pela noite fria da incerteza e da dúvida.

A confiança no Pai Oxalá, fará com que caminhemos resolutos para o futuro, em busca de nossos objetivos, cumprindo nossas tarefas e, a cada irmão de caminhada estendendo a mão, e doando-nos sem olhar a quem, para quem ou por quem.

Somente assim, diante das provas emergentes que nosso passado nos encaminha à restauração, através do abençoado cadinho da purificação moral, e no agasalho material do corpo, poderemos, como a fênix, ressurgir das cinzas do nosso passado tenebroso, reparando todo o mal que fizemos, e plantando, a cada dia seguinte, a cada instante futuro, a semente do amor ao próximo.

Sigamos em frente, amigos, lado a lado, e através da dedicada e valorosa e indispensável ajuda aos nossos irmãos de caminhada, estendamos-lhes as mãos, a fim de que, na ajuda prestada, também possamos nos ajudar ainda mais, resgatando, assim, nossos débitos pretéritos.

Que o abençoado mestre Oxalá, a todos permita, alçando-nos a novas paragens mentais de regeneração, sejamos mais úteis ao próximo que a nós mesmos, e que assim o fazendo, possamos compreender em definitivo, a grandeza da oportunidade que Dele estamos recebendo.

Muita paz,
Caboclo Ubirajara – Peito de Aço

Segundo o próprio Ubirajara, ele era um guerreiro da tribo dos Tupinambá, e nasceu aproximadamente em 1556 no território onde hoje e á Bahia. Segundo seu Ubirajara, ele foi feito guerreiro muito jovem porque na quela época sua tribo estava em guerra com os homens brancos(Os portugueses) E sua tribo inimiga os tupiniquins, a maioria estava doente e os jovens eram recrutados e treinados muito sedo. Com 16 anos ele enfrentou os portugueses e quase foi morto, mais quando ele completou 20 anos destruiu mais de 200, e o líder branco foi comido pela tribo. Ele ganhou fama porque só foi vitória quando ele liderava, sua fama foi tanta que os portugueses já tinham medo de andar nas matas onde pertenciam os tupinambás, e principalmente do índio com os peitos largos, alguns portugueses chamavam seu Ubirajara de fantasma da morte, ou o próprio Diabo. Na nova lei estabelecida entre os tupinambas era devorar os que sobrevivessem, e piedade não era muito praticada entre eles, Ubirajara também invocava os espíritos da floresta, e principalmente os guerreiros e devoto firme de Tupã (Deus em tupi-guarani), gostava de usar arco e flecha, escalava perfeitamente as árvores, sanguinário, com uma aparência séria e bonita, forte, feição fechada, com 30 anos Ubirajara se torna Cacique e lidera mais uma investida contra o homem branco, nessa investida eles matam mais de 1000 portugueses e tem apenas 67 perdas. Ubirajara relata que nunca perdeu uma guerra, á única guerra que ele e sua tribo não ganhou foi a ignorância, pois com o ritual do canibalismo, ele e a tribo inteira pegaram doenças graves, doenças que os índios não estavam preparados para enfrentar, e sua tribo foi extinta em 1604, Ubirajara morreu doente por volta de 1580.Essa e a história do Caboclo Ubirajara, contada por ele mesmo em uma oportunidade que tivemos para conversar. Ele me falou que muitos irmãos dizem que ele e seu nome e um nome de uma grande linha de umbanda, outros dizem que ele nunca foi índio, e isso só aumentou o mito Ubirajara, mais que ele deixe bem claro, fui índio brasileiro, guerreiro e hoje cumpro minha missão com meus irmãos e filhos de santo em nome de Deus.

Saravá os caboclos!


Historia Do Exu Capa Preta

Um dos Exus mais conhecidos nos terreiros brasileiros, e que traz a peculiaridade de usar a capa preta, como o próprio nome diz. Os frequentadores de terreiros tem uma certa "mania" de referir se a este Exu como se na ultima reencarnação ele fosse um lorde, conde e etc, só que para os espiritualistas o que é usado é o nome de quando ele vivia na Africa, pois aquele é o nome que utilizaram no assentamento, e também é o nome que evoca este Exu, e também que fique entendido que não existe apenas um "Exu Capa preta", e sim uma falange inteira de entidade que atuam com esse nome popular, mas que na hora de assentar terão outro nome, de origem africana, assim como os orixás. Ele apresenta uma postura imponente (um dos motivos que leva as pessoas a achar que ele faz isso para representar a nobreza), só que ele tem um caráter mais descontraído e gosta do contato com os consulentes, realmente assume a posição de um conselheiro, que vem para ajudar as pessoas em seus problemas, geralmente cumprimenta as pessoas com abraços e os trata de uma forma amigável, sem perder o respeito e exige isso das pessoas; gosta de atuar na areá de quebra de energias negativas, saúde, família e assuntos relacionados a trabalho, não quer dizer que ele não vá ajudar em questões amorosas, é como nos os seres humanos, preferimos fazer certas atividades, só que não quer dizer que não conseguimos fazer outras, importante é entender é que ele vem para ajudar as pessoas de todas as formas, um Exu disposto a ajudar, de acordo com o merecimento de cada.
Esta entidade é muito quente, é o "pau para toda obra", pois trabalha em tudo com muito vigor, e defende aqueles que são seus queridos com muita força, também trabalha encaminhando e recolhendo os eguns e as quiumbas.
Suas companheiras podem ser normalmente Dona Maria das 7 Encruzilhadas ou Bombo gira Dama das 7 capas.Algo muito peculiar deste Exu é que ele gosta de estabelecer um bom laço com seu aparelho (médium em que incorpora), falo por experiencia própria  pois ele respeita os limites do corpo da pessoa, não é algo que ele precise de doutrina, pois já traz isso consigo, este respeito e carinho com o seu médium, só que em troca disso pede respeito com ele, que traga seus objetos ritualísticos e que se prepare corretamente para os trabalhos espirituais. Prefere beber conhaque, isso remete uma relação com Ogum, pois geralmente Exus de Ogum gostam de conhaque, mas bebe cerveja que é a bebida de Exu e Whisky como os demais, utiliza uma capa preta e até mesmo uma cartola preta (só que vale levar em conta que certas pessoas de acordo com o orixá de cabeça não devem utilizar preto na cabeça), fuma charutos. Existem algumas variações na falange desse Exu, como "Exu capa preta das encruzilhadas" entidade que prefere atuar no campo de negociações, aberturas de caminhos e dinheiro, temos o "Exu capa preta das almas" que geralmente atua mais no lado da saúde, "Exu capinha preta" que exerce mais domínio sobre assuntos familiares e negociações.

Historia De Exu Caveira

Exu Caveira é um exu, ou seja, uma entidade que trabalha na Umbanda, através da incorporação de médiuns.
Antes de ser uma entidade,  Caveira viveu na terra física, assim como todos nós. Acreditamos que nasceu em 670 D.C., e viveu até dezembro de 698, no Egito, ou de acordo com a própria entidade, "Na minha terra sagrada, na beira do Grande Rio. Seu nome era Próculo, de origem Romana, dado em homenagem ao chefe da Guarda Romana naquela época. Próculo vivia em uma aldeia, fazendo parte de uma família bastante humilde. Durante toda sua vida, batalhou para crescer e acumular riquezas, principalmente na forma de cabras, camelos e terras.
Naquela época, para ter uma mulher era necessário comprá-la do pai ou responsável, e esta era a motivação que levou Próculo a batalhar tanto pelo crescimento financeiro. Próculo viveu de fato uma grande paixão por uma moça que fora criada junto com ele desde pequeno, como uma amiga. Porém, sua cautela o fez acumular muita riqueza, pois não queria correr o risco de ver seu desejo de união recusado pelo pai da moça.
O destino pregou uma peça amarga em Próculo, pois seu irmão de sangue, sabendo da intenção que Próculo tinha com relação à moça, foi peça chave de uma traição muito grave. Justamente quando Próculo conseguiu adquirir mais da metade da aldeia onde viviam, estando assim seguro que ninguém poderia oferecer maior quantia pela moça, foi apunhalado pelas costas pelo seu próprio irmão, que comprou-a horas antes.
De fato, a moça foi comprada na noite anterior à manhã que Próculo intencionava concretizar seu pedido. Ao saber do ocorrido, Próculo ficou extremamente magoado com seu irmão, porém o respeitou pelo fato ser sangue do seu sangue. Seu irmão, apesar de mais velho, era muito invejoso e não possuía nem metade da riqueza que Próculo havia acumulado. A aldeia de Próculo era rica e próspera, e isto trazia muita inveja a aldeias vizinhas.
Certo dia, uma aldeia próxima, muito maior em habitantes, porém com menos riquezas, por ser afastada do Rio Nilo, começou a ter sua atenção voltada para a aldeia de Próculo. Uma guerra teve início. A aldeia de Próculo foi invadida repentinamente, e pegou todos os habitantes de surpresa. Estando em inferioridade numérica, foram todos mortos, restando somente 49 pessoas. Estes 49 sobreviventes, revoltados, se uniram e partiram para a vingança, invadindo a aldeia inimiga, onde estavam mulheres e crianças. Muitas pessoas inocentes foram mortas neste ato de raiva e ódio. No entanto, devido à inferioridade numérica, logo todos foram cercados e capturados. Próculo, assim como seus companheiros, foi queimado vivo.
No entanto, a dor maior que Próculo sentiu "não foi a do fogo, mas a do coração", pela traição que sofreu do próprio irmão, que agora queimava ao seu lado. Esta foi a origem dos 49 exus da linha de Caveira, constituída por todos os homens e mulheres que naquele dia desencarnaram.

Entre os exus da linha de Caveira, existem: Tatá Caveira, João Caveira, Caveirinha, Rosa Caveira, Dr. Caveira (7 Caveiras), Quebra-Osso, entre muitos outros. Por motivo de respeito, não será indicado aqui qual exu da linha de Caveira foi o irmão de Tatá enquanto vivo.

Como entidade, o Chefe-de-falange Tatá Caveira é muito incompreendido, e tem poucos cavalos. São raros os médiuns que o incorporam, pois tem fama de bravo e rabugento. No entanto, diversos médiuns incorporam exus de sua falange.

Tatá é brincalhão, ao mesmo tempo sério e austero. Quando fala algo, o faz com firmeza e nunca na dúvida. Tem temperamento inconstante, se apresentando ora alegre, ora nervoso, ora calmo, ora apressado, por isso é dado por muitos como louco.

No entanto, Tatá Caveira é extremamente leal e amigo, sendo até um pouco ciumento. Fidelidade é uma de suas características mais marcantes, por isso mesmo Tatá não perdoa traição e valoriza muito a amizade verdadeira. Considera a pior das traições a traição de um amigo. Em muitas literaturas é criticado, e são as poucas as pessoas que têm a oportunidade de conhecer a fundo Tatá Chefe-de-falange. O cavalo demora a adquirir confiança e intimidade com este exu, pois é posto a prova o tempo todo.

No entanto, uma vez amigo de Tatá Caveira, tem-se um amigo para o resto da vida. Nesta e em outras evoluções

Historia De Pomba Gira Sete Saias

A LENDA DA POMBA GIRA SETE SAIAS
" A lenda conta que a Cigana Sete Saias foi apaixonada por um moço "não cigano" o que seus pais não aceitavam... e proibida de viver este amor parou de comer até vir a falecer.
Quando seu corpo estava sendo preparado para velar, sua mãe trouxe suas sete saias favoritas e colocou a seus pés para poder rodar e jogar cartas nos caminhos do astral superior.
A moça chegando as astral, foi recebida por Santa Sara a qual a designou a proteger e ajudar todas as moças que choravam por seus amores proibidos e impossíveis... É a esta entidade poderosa que as mais serias mandingas de amor são realizadas... e há quem diga que o que a Cigana Sete Saias Une... Ninguém separa!
Esta Pomba Gira gosta de receber suas oferendas e presentes nas Encruzilhadas de campo e preferencialmente as 18:00 nas sexta-feira de lua cheia.
Nas suas oferendas não pode faltar perfume de flores ou gardênia, suas velas são coloridas quase sempre vermelhas, brancas e Rosas... que são as cores que simbolizam o sexo, o amor e a tranquilidade nas relações.
Características dessa Pomba Gira
Ela trás como Arma 1 punhal, também 1 pandeiro, 1 par de castanholas, 1 violino e uma espada.
Sua Bebida Champanhe
Suas Cores preferidas azulão, vermelho, lilás,roxo e verde
Fuma cigarros, cigarrilhas
Lugar Estradas
Vela Pretas, Vermelhas, Brancas, Verde

Historia De Maria Padilha Das Almas

MARIA PADILHA DAS ALMAS
Nome que significa Rainha do Fogo, Maria Padilha já teve várias encarnações na Terra, e a última delas foi em Ilhéus na Bahia. Nesta sua última encarnação, ela era uma espanhola que veio para o Brasil morar em Ilhéus na Bahia e foi morta na porta de um cabaré. Todos os homens que ela teve, em cada uma das encarnações, num total de sete, estão com ela na espiritualidade.
Entre mitos mais variantes que revelam alguma qualidade a característica especial desta mulher, o que servirá nos terreiros como apoio é o segundo nome que acompanhará o primeiro. Recebe outros apoios que alguns podem pensar que se trata de outra Pombagira, mas na realidade é ela: "Rainha dos Infernos", "Rainha do Candomblé", "Rainha das Marias", "Rainha das Facas", "Mulher de Lucifer", "Rainha da Malandragem", "Rainha dos Ciganos", etc. Em cada lugar lhe dão diferentes sobrenomes, que na realidade busca elogiar a entidade e transmitir uma maior intimidade.
Pomba Gira Maria Padilha é conhecida por sua eficiência e rapidez, e está entre as mais populares das Pombagiras. Às vezes ela é chamada de "rainha sem coroa", e isso certamente se refere à Maria histórica, que era a rainha do coração de D. Pedro, mas negou que as suas propostas repetidas para o casamento,preferindo a sua independência durante sua estada na corte. Este também descreve um certo tipo de mulher, aquele que exige respeito, e cujo comportamento é real, mesmo se ela é pobre ou da classe trabalhadora. Maria também é um exemplo perfeito de como "espíritos novos" nascem: lendas cresceram em torno da mulher real, que tinha uma reputação de feiticeira, e dentro de cem anos, as bruxas em Espanha e Portugal estavam usando seu nome e chamando seu espírito para ajudar los em suas magias.
Tem predileção - igual ao seu principal marido, Rei das 7 Liras (Lúcifer) - pelas navalhas e armas brancas em geral, especialmente aquelas que são afiadas e pequenas, onde se deve ter muita agilidade para não ser cortado. Como toda pomba gira, possui numerosos amantes ou parceiros, com os quais pode "adjuntar-se" ou "trabalhar", sendo essa parceira que protegerá a determinada pessoa.
Cabe esclarecer que nem sempre se formam os mesmos parceiros, pois os mesmos dependeram da morada onde trabalhe a Pomba Gira e o que indique o ponto riscado ou firma espiritual. Apresenta-se sob a aparência de uma formosa mulher, de longos cabelos negros, pele morena (as vezes mais clara e as vezes mais escura), sua idade e físico variam também de acordo com o tipo de caminho ou passagem desta Pomba Gira, pois existem passagens jovens e velhas, sendo igualmente atrativas em qualquer de suas passagens, isto ocorre com todos os Exús de quimbanda, não importando a idade que apresentem, pois tem o dom da sedução.
Ela gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, das jóias, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e da música. É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento. Seu porte é altivo, orgulhoso, magestoso, possui características das mulheres que não tem medo de nada. É muito requisitada para atrair amantes, abrir os caminhos, amarrar parceiras, mas principalmente é muito temida por sua frieza e seu implacavel poder na questão de demandas. Algumas das principais Pomba Giras que estão dentro de sua falange, abaixo de sua ordem são:
Maria Molambo
Maria Quitéria
Maria Lixeira
Maria Mirongueira
Maria das Almas
Maria da Praia
Maria Cigana
Maria Tunica
Maria Rosa
Maria Colodina
Maria Farrapos
Maria Alagoana
Maria Bahiana
Maria Navalha
Todas com características bastante similares, as quais as vezes podem inclusive ser confundidas por quem não tem muita experiência.
Maria Padilha
Caminhos
Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga
Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas;
Maria Padilha Rainha dos Infernos;
Maria Padilha Rainha das Almas;
Maria Padilha das Portas do Cabaré;
Maria Padilha Rainha das 7 facas ( 7 navalhas);
Maria Padilha Rainha da Figueira.
Características
Bebida Champanhe, Licor de aniz, Martini, Campari, Mel
Ebôs Pata preta, pomba preta, cabra preta, levando fubá de milho e azeite de dendê.
Fuma cigarros, cigarrilhas
Guia Sua guia geralmente é contas pretas e vermelhas, O preto representando as trevas, o vermelho a guerra, algumas quando cruzadas nas almas, tem suas guias com contas brancas, sendo as mesmas enfiadas de três em três ou de sete em sete
Lugar Recebe os presentes, despachos e feitiços na Calunga (Cruzeiro do Cemitério), nas encruzilhadas em formas de T, ou X( dependendo a escolha do lugar, a vontade da entidade)
Ornamentos jóias, cosméticos, espelhos
Rosas Rosas vermelhas abertas (nunca botões) em número impar, cravos e palmas vermelhas
Simbolos pássaro, o tridente,a lua, o sol a chave e o coração.
Vela de acordo com as cores de suas guias quando trabalham,podendo ser pretas e vermelhas, todas vermelhas e em certos casos, pretas e brancas, ou ainda, todas brancas

Historia De Exu 7 Encruzilhadas

Exu 7 Encruzilhadas..
Guardião Sete Encruzilhadas, atua rompendo barreiras e obstáculos de toda e qualquer ordem, segundo o merecimento daqueles que os procuram com problemas, e mesmo movimentando o Karma, rumo ao progresso espiritual da Humanidade, e agindo tanto na evolução moral quanto influenciando diretamente através de egregora positivas, o mental dos grandes pesquisadores, no campo da ciência, medicina e outros..., Abrindo caminhos fechados no âmbito material ou astral. Cortando demandas e ações de contundência sobre o corpo Astral de pessoas que foram prejudicadas por espíritos “mandados” a fazer mal. Esta legião trabalha abrandando a ira dos seres Humanos promovendo-lhes paciência, agindo sobre o mental, trazendo a fortaleza do espírito sobre a matéria. Atuam na origem (no branco Oxalá), e na dissipação da matéria.

Historia De Caboclo Cobra Coral

Quem é que nunca ouviu falar da entidade de Umbanda tão prestigiado o Caboclo Cobra Coral, ele é um guia forte com muita luz, ele assobia é alto e chega até dar cala frios e mexe com a mediunidade de quem está perto: Okê Caboclo, Salve meus Caboclos! 

O caboclo cobra coral, é muito respeitado dentro da umbanda e trabalha na linha da Cabocla Jurema, e também até fora dela, basta ver o trabalho que a fundação cobra coral faz no Brasil.

Caboclo de um respeito, muito grande pelo ser humano e suas fraquezas, ele também é conhecido no mundo espiritual, pelo seu trabalho, trabalhador incansável que é ,em prol da umbanda. Já no astral, os chefes do submundo o conhecem e temem, pois seu trabalho já se fez sentir também por la. No fim do artigo sobre esse caboclo de Umbanda você poderá ouvir e aprender a cantar um dos Lindos Pontos deste Caboclo.O caboclo cobra coral, trabalha também com elementais e elementares, alias eles estão dentro dos terreiros de umbanda mais que imaginamos. Ao começar seu trabalho, ele se faz acompanhar previamente de um ou dois elementais, que retiram da terra, e dos vegetais fluidos para descarregar os filhos de fé que a sua procura vem. Alias, este é o motivo pelo qual muitos dos caboclos de sua falange não fumam(muitos, não todos).

Cobra coral, não faz o mal, ele só faz o bem. Se você ver ou ouvir um cobra coral fazer o mal, duvide, pois este não é um verdadeiro cobra coral.

Ele é muito gentil, e fala quase que corretamente o português. você não ovirá seu cobra coral, tratar alguém com grosserias, se ouvir o médium pode estar confundindo algumas coisas.

Cacique flecheiro, comanda uma legião de espíritos que se equivalem pelo saber e companherismo uns com os outros. Numa demanda, sabem como vence-la sem deixar mágoas, e não raras vezes, os desafetos fazem as pazes.

Trabalhador, incansável, lida com os quatro elementos e quase sempre se ouvirá falar bem dele.

Ao contrário do que se parece, o caboclo cobra coral tinha uma cobra, mas esta cobra era uma jibóia. que após a morte dela foi trocada por uma sucuri (que coisa, não).O nome ele, ganhou devido a pintura de seu rosto nas batalhas de sua tribo com as tribos do norte do pará.

Esse Caboclo caminha com quem tem os orixás Xangô, Oxóssi, Yansa, E Oxum em seu cumutue terá certamente a proteção esta entidade.

Historia De Ogum

Conta na história de Ogum na Terra criada por Orixá Oxalá, em Ifé, os orixás e os seres humanos trabalhavam e viviam em igualdade. Todos caçavam e plantavam usando frágeis instrumentos feitos de madeira, pedra ou metal mole. Por isso o trabalho exigia grande esforço.

Com o aumento da população de Ifé, a comida andava escassa. Era necessário plantar uma área maior. Os orixás então se reuniram para decidir como fariam para remover as árvores do terreno e aumentar a área de lavoura. Ossãe, o orixá da medicina, dispôs-se a ir primeiro e limpar o terreno.

Mas seu facão era de metal mole e ele não foi bem sucedido. Do mesmo modo que Ossain, todos os outros Orixás tentaram, um por um, e fracassaram na tarefa de limpar o terreno para o plantio.

Ogum dá ao homem o segredo do ferro 

 
Então Ogum, que conhecia o segredo do ferro, não tinha dito nada até então. Quando todos os outros Orixás tinham fracassado, Ogum pegou seu facão, de ferro, foi até a mata e limpou o terreno. Os Orixás, admirados, perguntaram a Ogum de que material era feito tão resistente facão. Ogum respondeu que era o ferro, um segredo recebido de Orunmilá. Os Orixás invejaram Ogum pelos benefícios que o ferro trazia, não só à agricultura, como à caça e até mesmo à guerra.

Os Orixás Importunaram Ogum

Por muito tempo os Orixás importunaram Ogum para saber do segredo do ferro, mas ele mantinha o segredo só para si. Os Orixás decidiram então oferecer-lhe o reinado em troca do que ele lhes ensinasse tudo sobre aquele metal tão resistente.

Ogum aceitou a proposta. Os humanos também vieram a Ogum pedir-lhe o conhecimento do ferro. E Ogum lhes deu o conhecimento da forja, até o dia em que todo caçador e todo guerreiro tiveram sua lança de ferro.

Mas, apesar de Ogum ter aceitado o comendo dos Orixás, antes de mais nada ele era um caçador. Certa ocasião, saiu para caçar e passou muitos dias fora numa difícil temporada. Quando voltou da mata, estava sujo e maltrapilho.

Os Orixás não gostaram de ver seu líder naquele estado. Eles o desprezaram e decidiram destituí-lo do reinado. Ogum se decepcionou com os Orixás, pois, quando precisaram dele para o segredo da forja, eles o fizeram rei e agora dizem que não era digno de governá-los. Então Ogum banhou-se, vestiu-se com folhas de palmeira desfiadas, pegou suas armas e partiu. Num lugar distante chamado Irê, construiu uma casa embaixo da arvore de Acocô (folha da prosperidade) e lá permaneceu. Os humanos que receberam de Ogum o segredo do ferro não o esqueceram. Todo mês de dezembro, celebravam a festa de Uidê Ogum. Caçadores, guerreiros, ferreiros e muitos outros fazem sacrifícios em memória de Ogum.  Ogum é o senhor do ferro para sempre.

Historia Exu Veludo

Muitos perguntam quem é Exú Veludo? Este Exú é de Umbanda  pertence à Linha das Encruzilhadas, mas também trabalha em médiuns na nação do Candomblé. É assistente imediato do Exu Rei das 7 Encruzilhadas, e diretamente e subordinado à Ogum Obedecendo ao mesmo.

Seu ponto de força é no lado direito da margem do rio em relação ao por do sol Um outro detalhe observado e que gostam (mas não fazem disso uma constante, talvez devido o ambiente onde está o médium) é o de fazerem os seus médiuns trabalharem descalços e, quando Exus Veludos caminham, dão a impressão de que estão amassando e/ou pisando sobre areia.ostuma Receber seus trabalhos  (oferendas) na beira da água, tanto doce como salgada.
Sua forma astral é na forma de um cavalheiro ricamente vestido, aparecendo entretanto como característica dissonante de sua personalidade.

Veste-se elegantemente de vermelho e preto, também com capa nessa cor.
Ele Bebe todos os tipos de bebidas finas e fortes e fuma charutos de boa qualidade.

A origem do nome é bem antiga, do tempo em que as pessoas de fala mansa, calma, tranquila, eram lembradas como: "tal pessoa é um veludo no falar".ortanto, a onomatopeia da voz desse Exu se confunde com uma qualidade de voz aveludada.
Onde incorpora um Exu Veludo, fatalmente incorpora também o Exu dos Rios, possuindo ambos identidade e apresentação quase idênticas Apesar de ser "um veludo" no falar, é uma entidade muito forte.

Protege por demais os seus médiuns, e exige muito deles para a manutenção dessa ligação médium/Exu Veludo.

Este Exú, vem das costas orientais da África, era swahili (negro arabizado).
Usa um turbante na cabeça, e lindos tecidos de veludo trazidos de oriente, que lhe valeram o apelido na Kimbanda de "veludo" .

Dado a sua forma luxuosa de se vestir, no estilo muçulmano, muitos que viram seu tipo de apresentação através da mediunidade, o confundiram com um cigano e o associaram com os mesmos.
Isto não significa que não trabalhe com os ciganos, ao contrário, tem inclusive uma passagem ou caminho que se apresenta como um.

Tem muitos conhecimentos sobre feitiços que se fazem utilizando panos,tigelas, agulhas, pembas e outros ingredientes.

Abre os caminhos e limpa trabalhos negativos feitos nos cemitérios.
Gosta de um bom whisky e grossos charutos.

Homenagem ao Exu Veludo: Oração

(Representando todos os Exus de Umbanda)
Meu amigo, meu enigma, minha curiosidade!
Por vezes estamos num diálogo amistoso de verdadeiras descobertas; entretanto, um de nós é perdedor - eu.

Cavaleiro imperioso e requintado, te apresentas aos meus olhos, alegre, forte, másculo, com sorriso franco, sarcástico e, por vezes, com uma irônica maldade, rápida e sagaz.

Desvendas as misteriosas cortinas do mundo; és atuante em todas as situações. Tiras de mim a inércia, o desânimo, e fazes com que eu veja o mundo, aqui deste lado da Terra, bem melhor.

Na presença de tua vibração, escuto as melodias tangerem até mesmo as cordas do meu coração; dás-me a energia para a luta e envolves-me em tua capa contra os perigosos inimigos. Com teu sabre, agilmente cortas os empecilhos; com tua sabedoria, ceifas minha ingenuidade.

Saravá, Exu Veludo!
Axé, Mojubá Exú de Umbanda!

Historia De Exu 7 Porteiras

O Exú 7 Porteira, também conhecido como Guardião das Sete Porteiras ele tem um papel fundamental na linha de Exús e Pomba Giras, pois ele é o encarregado de guardar tudo o que está fechado por meio de caminhos , portas , chaves , segredos.
 
Pertence a terceira linha negativa da Umbanda , comandada pelo Ogum de Lei . Esse Exú da o poder ao seu Médium , o que invoca para abrir os caminhos das pessoas que o procuram . Exú Chefe de Falange .
O sentido é figurado , pois pela condição de confiança que ele faz passar as pessoas que estão junto ao seu protegido , essa faz as vontades do médium , permitindo , autorizando , fazendo , confidenciando.
É muito soturno , fala pouco , porem sempre a verdade , ele sempre diz que fala a verdade para seu consulente , e não fala o que seu consulente quer ouvir , mesmo se a verdade for digamos , ruim para o consulente , também faz as pessoas falarem muito com ele .

Tem a característica de incorporar sempre próximo a uma porta .

Domina as 7 fronteiras , ou seja , ele pode abrir ou fechar suas portas , caminhos , destinos , etc ...
Ele é um dos 7 guardiões que toma conta dos 7 portais astrais , de um mundo para o outro ou de um astral para o outro .

Características desse Exú:
- Bebida : Bebidas finas e marafos .
- Fuma : Charuto .
- Guia : Vermelha e Preta .
- Lugar : Ambientes fechados , na encruzilhada de terra ou mata .
- Vela : Pretas , vermelha e preta .


Historia De Exu Pimenta

Quando falamos sobre Exú Pimenta e sua história dizemos que é bastante emergente no movimento atual de Umbanda, suas falanges crescem a cada dia, aumentando e solidificando seu poder de abrangência e atuação dentro de nosso plano astral. De personalidade bem forte e irreverente, possui uma língua deveras afiada, sempre pronto a salpicar-nos as verdades que teimamos em esconder.

Seu Exú Pimenta costuma ser muito carismático e sedutor, contudo, suas palavras tem o poder de atingir-nos sem machucar, de conscientizar-nos sem nos reduzir a auto-estima. Em resumo, ele tem o dom de falar na lata o que não queremos ouvir e a gente ainda agradece.O Exu Pimenta Viveu na Europa entre os anos de 1420 à 1480 mais ou menos, estabelecendo-se em Portugal, muito embora, acredito, não tenha nascido nesse país. Enriqueceu como comerciante, usando de seu raciocínio rápido e habilidades retóricas. Passou, assim, a fazer parte da nobreza, frequentando a corte, período em que constituiu carmas relativos ao uso desvirtuado do dinheiro e do poder adquiridos. Segundo ele: “Errei, penei, aprendi, compreendi, me transformei e venci. Hoje trabalho, sem reclamar, ajudando idiotas como aquele que eu fui”

Sr Pimenta é um Exú ligado, essencialmente, ao elemento fogo. Os outros Exús costumam chama-lo de “O Ardido”.

Essa ligação com a energia ígnea, dizem, associa-o ao Orixá Xangô, mas pessoalmente desconheço se essa afirmação é procedente. Um de seus parceiros inseparáveis é o Sr Exú Pinga Fogo, a quem atribui o destino daqueles trevosos vencidos que, orgulhosos, rejeitam suas ofertas de paz.

Também se associa aos demais Exús do fogo, como Sr Exú Brasa, Sr Exú Bara, entre outros.
Para realizar seu ofício de guardião, utiliza-se de armas diversas, a exemplo dos muitos e afiados punhais que carrega ocultos por trás de seu fraque bordô. Quando em demanda, apresenta-se acompanhado de enormes cães negros, nada amigáveis, semelhantes a rottweilers, mas de olhos vermelhos como o fogo.

Duas coisas irritam sobremaneira Sr Exú Pimenta: falta de respeito com os Exús e Pomba Giras por parte de nós encarnados e espíritos trevosos que utilizam o nome Exú para arriarem em terreiros.

Não gosta de brincadeiras e pode se tornar verbalmente muito agressivo se defrontado com algum tipo de desrespeito. Quanto aos falsos Exús, costuma ser implacável e demonstra prazer ao derrubá-los.

Não obstante essa personalidade forte, e suas alterações de humor a depender do teor dos trabalhos que realiza, Sr Pimenta é, de maneira geral, um espírito muito alegre e irreverente. Tanto que quando chega no Terreiro, através da incorporação, a primeira coisa que faz é, invariavelmente, abrir um longo sorriso.

Exu Pimenta: especializado na elaboração da química e dos filtros de amor. Dá o verdadeiro segredo do pó que transforma metais. É reconhecido quando incorpora por um forte cheiro de pimenta que exala no ar.

Historia de Exu Mirim

Exú Mirim traz uma força muito grande, é a força de “desenrolar” a nossa vida (fator desenrolador), levando todas as nossas complicações pessoais e “enrolações” para bem longe. Também são ótimos para acharem e revelarem trabalhos ou forças “negativas” que estejam atuando contra nós, “desocultando -as” e acabando com essas atuações.

Os Exus Mirins (entidades) apresentam - se como crianças travessas, brincalhonas, espertas e extrovertidas. Não são espíritos humanos, pois nunca encarnaram, são “encantados” vivenciando realidades da vida muito diferentes da nossa.

Dentro da religião da Umbanda existe uma linha muito pouco comentada e compreendida, sendo por isso mesmo muitas vezes deixada “de lado” dentro dos centros e terreiros. É a linha de Exu Mirim.

Pomba Gira Menina Historia

Trata-se de uma entidade que se manifesta uma verdadeira menina. É esta entidade a companheira, do poderoso Exú Mirim, comandando estes uma poderosa falange de 49 outros exús com semelhante aspecto, estes membros desta referida falange, penetrar onde poucos conhecem. Sua ajuda é muito grande no que se refere à defesa deste ou daquele filho de fé do terreiro, ou mesmo quando algum filho do terreiro pede sua valiosa defesa, para outrem, especialmente se for criança, ou mesmo se for algum adolescente, ajuda esta que hoje em dia não é de maneira alguma dispensável. Possui grande força também para curar casos de paixões comums em adolescentes, e mesmo ajudar a recuperar um amor perdido, desde que seja realmente Amor. Ela compreende a angústia e pode ajudar a ir mais fundo nos túneis da psique. Obsessão e compulsão são coisas que ela entende - ela poderia ser particularmente útil para pessoas com transtornos alimentares Caminhos Guardiã Cigana Menina do Cruzeiro das Almas Características Arma uma flecha, um tridente, uma boleadeira e uma foice. Bebida Guaraná, marafa com anis, Água, Champanhe, Sidra Cores vermelho, amarelo e preto Fuma Cigarros ou Cigarrilhas Lugar Estradas, Jardins ou outros locais onde os adolescentes e jovens adultos se reúnem Mineral Pirita Planta Rosas Amarelas Vela Rosa, Preta/Vermelha e Brancatop afiliado

Tranca Ruas Das Almas Historia

 Senhor do mundo espiritual onde está sua origem e sua morada.
Senhor dos caminhos, mensageiro dos Orixás e vencedor de demandas.

    Na Umbanda, Exú Tranca Ruas não é considerado como um "Deus", mas
como uma Entidade em evolução que busca, através da caridade, a
evolução de si mesmo. Não é uma peculiaridade só dos Exús, mas de
todos os espíritos no infinito cosmo espiritual. Não existe espírito
evoluído,como se fosse um produto acabado. Todos os espíritos,
independente da forma, estão em eterna evolução, partindo do
pressuposto que só existe um ser plenamente perfeito, um modelo de
absoluta perfeição, o próprio Absoluto, Deus.

    Em síntese, O grande agente Mágico do Equilíbrio Universal. É o
Guardião dos Caminhos, companheiro dos Pretos Velhos, Caboclos,
aparador entre os homens e os Orixás, lutador incansável, sempre de
frente, sem medo, sem mandar recado. Senhor da escuridão e do plano
negativo atuam dentro de seus mistérios, regendo seus domínios e os
caminhos por onde percorre a humanidade.

    Senhor Tranca Ruas tem o poder de fechar e abrir os caminhos para
o ser humano e também de ter as almas perdidas sem luz como escravos
para prestar-lhe reverencias e fazer o que ele ordenar. Este é um dos
motivos pelo qual ele foi enviado aqui no plano físico, para pegar as
almas perdidas e formar uma hierarquia para que essas almas perdidas
fossem transformadas em seu exército, e desta forma encontrem o
caminho novamente para a luz através dele mesmo, podendo assim vigiar
e manter esses espíritos sem luz afastados dos seres humanos
que ora estão encarnados.

    Seu vestuário é cartola sofisticada de época, sua capa varia nas
cores azul turquesa, roxo e negro tendo contrastes em vermelho
decorada de safira de preferência amarelo dourada que simboliza sua
riqueza e a presença de seu reino. É extremamente educado e fino,
poderoso e radical . Transita além dos limites da bondade e da
maldade. Sendo um mensageiro de orixá, ele profundamente identifica
com os seres humanos. Guardião das casas, das vilas, das pessoas. Exú
não tem nada haver com demônios, pois ele é a própria alegria da vida.

    O Mestre Tranca ruas (O Guardião dos Caminhos), não é demônio que
muitos acreditam que ele seja. Sua atribuição é trancar a evolução dos
desqualificados, desequilibrados e desvirtuados espíritos humanos. Não
deseja ser amado ou odiado, mas apenas respeitado e compreendido.

    Para os mal informados que julgam e condenam essa maravilhosa
Entidade, sem reconhecer a verdadeira essência e trabalho feito,
abaixo um pequeno texto mostrando só para entendimento de quem
desejar realmente perceber a magnitude do tão estimado Senhor Tranca
Ruas.

    "O Guardião Tranca Ruas pode ser tudo o que queiram, menos como tentam
mostrar: Um demônio. Jamais foi ou é o que este termo deturpado
significa na atualidade e nem o aceita como qualificativo das suas
atribuições: Trancar a evolução dos desqualificados, desequilibrados e
desvirtuados espíritos humanos. Odeia os que odeiam, sente asco dos
blasfemos, nojo dos invejosos, repulsa pelos falsos, ira pelos soberbos
e pena dos libidinosos."


    Assim é TRANCA RUAS, por Origem, Natureza e Formação, um Exú de
força consistente, que vem na terra fazer a caridade, ajudar os
aflitos e obsediados, derrubar magias negras, proteger seus filhos
queridos, ensinar o caminho da evolução.

    Senhor Tranca Ruas , senhor do Sétimo Grau de Evolução da Lei
Maior de Ogum, conhecedor de todas as magias e demandas praticadas por
seres sem luz, interceda no caminho de todos os filhos de fé,
livrando-nos de toda a energia que possa atrapalhar a evolução de
todos os seres iluminados; fazei de meus pensamentos uma porta fechada
para a inveja, discórdia e egoísmo.

    Dos sete caminhos por ti ultrapassados, foi na rua que passou a
ser dono de direito, abrindo as portas para os espíritos que merecem
ajuda e evolução e fechando para os que querem praticar a maldade e a
inveja contra seus semelhantes. Fazei dos nossos corações o mais puro
que nossos próprios atos.

    Senhor Tranca Ruas agradecemos por tudo que fizeste nos aprender
nesta vida e em outras que passamos lado a lado, rogo por vós a
proteção, para os irmãos de fé, para toda a família e porque não para
todos os inimigos. Abençoe e guarde esses filhos que um dia entenderão
o verdadeiro sentido da palavra Umbanda.

Muito grande, muito forte, Seu Tranca Ruas vem trazendo a sorte!

Salihed, Mehi Mahar Selmi Laresh Lach Me Yê!

Saravá, Senhor Exú Guardião Tranca Ruas!

Preto - Velho Historia

Pretos velhos ou Pretos-velhos são entidades de umbanda, espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos1 que viveram nas senzalas, majoritariamente como escravos que morreram no tronco ou de velhice, e que adoram contar as histórias do tempo do cativeiro. São divindades purificadas de antigos escravos africanos.2 Sábios, ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".

O preto velho, na umbanda, está associado aos ancestrais africanos, assim como o caboclo está associado aos índios e o baiano aos imigrantes nordestinos.3

São entidades que tiveram, pela sua idade avançada, o poder e o segredo de viver longamente através da sua sabedoria, apesar da rudeza do cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida, consequentemente são espíritos guias de elevada sabedoria geralmente ligados à Confraria da Estrela Azulada dentro da Doutrina Umbandista do Tríplice Caminho (AUMBANDHAM - alegria e pureza + fortaleza e atividade + sabedoria e humildade), trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procuram para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omolu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar prescrutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, rezando com seu terço e aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral e suas baforadas são para limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes. Muitas vezes se utilizam de outros benzimentos, como os utilizados pelo Pai José de Angola, que se utiliza de um preparado de "guiné" (pedaços de caule em infusão com cachaça) que coloca nas mãos dos consulentes e solicita que os mesmos passem na testa e nuca, enquanto fazem os seus pedidos mentalmente; utiliza-se também de vinho moscatel, com o que constantemente brinda com seus "filhos" em nome da vitória que está por vir.

São os mestres da sabedoria e da humildade. Através de suas várias experiências, em inúmeras vidas, entenderam que somente o amor constrói e une a todos, que a matéria nos permite existir e vivenciar fatos e sensações, mas que a mesma não existe por si só, nós é que a criamos para estas experiências, e que a realidade é o espírito. Com humildade, apesar de imensa sabedoria, nos auxiliam nesta busca, com conselhos e vibrações de amor incondicional. Também são mestres dos elementos da natureza, a qual utilizam em seus benzimentos.

Os Pretos Velhos: Os espíritos da humildade, sabedoria e paciência.

Os Pretos Velhos são entidades cultuadas pelas religiões afro-brasileiras, em especial a Umbanda. Nos trabalhos espirituais desta religião, os médiuns incorporam entidades que possuem níveis de evolução e arquétipos próprios. Estas se dividem em três níveis:

    As Crianças – chamadas beijada, são espíritos ditos mortos quando ainda criança que representam a pureza, a inocência, daí sua característica infantil.

    Os Caboclos – onde se incluem os Boiadeiros, Caboclos e Caboclas, representam a força, a coragem, portanto apresentam a forma do adulto, do herói, do guerreiro, do índio ou soldado.

    Os Pretos Velhos – incluem os Tios e Tias, Pais e Mães, Avôs e Avós todos com a forma do idoso, do senhor de idade, do escravo. Sua forma idosa representa a sabedoria, o conhecimento, a fé. A sua característica de ex-escravo passa a simplicidade, a humildade, a benevolência e a crença no “poder maior”, no Divino.

A grande maioria dos terreiros de Umbanda, assim também suas entidades possuem a fé Cristã, ou seja, acreditam e cultuam Oxalá (no sincretismo com o catolicismo Jesus). Entidades aqui tomada no sentido de espíritos que auxiliam aos encarnados, o mesmo que guia de luz. Segundo o pesquisador Rafael Dias, o preto velho é uma espécie de metáfora afro-brasileira de Jesus Cristo.3

A característica desta linha seria o conselho, a orientação aos consulentes devido a elevação espiritual de tais entidades, são como psicólogos, receitam auxílios, remédios e tratamentos caseiros para os males do corpo e da alma.

Os Pretos velhos seriam as entidades mais conhecidas nacionalmente, mesmo por leigos que só ouviram falar destas religiões afro-brasileiras. O Preto velho é lembrado também pelo instrumento que normalmente utiliza, o cachimbo.

Os nomes de alguns Pretos Velhos comuns de que se tem notícia são Pai João, Pai Joaquim de Angola, Pai José de Angola, Pai Francisco, Vovó Maria Conga, Vovó Catarina. Pai Jacó , Pai Benedito, Pai Anastácio, Pai Jorge, Pai Luís, Mãe Maria, Mãe Cambina, Mãe Sete Serras, Mãe Cristina, Mãe Mariana, Maria Conga, Vovó Rita, Vovó Joana dentre outros.

Na Umbanda os Pretos velhos são homenageados no dia 13 de maio, data que foi assinada a Lei Áurea, a abolição da escravatura no Brasil.

Os pontos servem para saudar a presença das entidades, firmar sua força durante os trabalhos espirituais e envolver a todos presentes, mas principalmente aos médius de incorporação, como uma harmonia a ajudá-los a se desligarem para que esta ocorra

Ze Pilintra Historia


Os malandros têm como principal característica
de identificação, a malandragem, o amor pela noite,
pela música, pelo jogo, pela boemia
e uma atração pelas mulheres
(principalmente pelas prostitutas, mulheres da noite, etc...).
Isso quer dizer que em vários lugares
de culturas e características regionais completamente diferentes,
sempre haverá um malandro. O malandro de Pernambuco,
dança côco, xaxado, passa a noite inteira no forró;
no Rio de Janeiro ele vive na Lapa, gosta de samba
e passa suas noites na gafieira. Atitudes regionais bem diferentes,
mas que marcam exatamente a figura do malandro.
No Rio de Janeiro aproximou-se do arquétipo
do antigo malandro da Lapa, contado em histórias,
músicas e peças de teatro. Alguns quando se manifestam
vestem-se a caráter. Terno e gravata brancos.
Mas a maioria gosta mesmo é de roupas leves, camisas de seda,
e justificam o gosto lembrando que: “a seda, a navalha não corta”.
Navalha esta que levavam no bolso, e quando brigavam,
jogavam capoeira (rabos-de-arraia, pernadas),
às vezes arrancavam os sapatos e prendiam a navalha
entre os dedos do pé, visando atingir o inimigo.
Bebem de tudo, da Cachaça ao Whisky,
fumam na maioria das vezes cigarros, mas utilizam também o charuto.
São cordiais, alegres, dançam a maior parte do tempo
quando se apresentam, usam chapéus ao estilo Panamá.
Podem se envolver com qualquer tipo de assunto e têm
capacidade espiritual bastante elevada para resolvê-los,
podem curar, desamarrar, desmanchar,
como podem proteger e abrir caminhos.
Têm sempre grandes amigos entre os que
os vão visitar em suas sessões ou festas.
Existem também as manifestações femininas da malandragem,
Maria Navalha é um bom exemplo. Manifesta-se como características
semelhantes aos malandros, dança, samba, bebe e fuma da mesma maneira.
Apesar do aspecto, demonstram sempre muita feminilidade,
são vaidosas, gostam de presentes bonitos, de flores
principalmente vermelhas e vestem-se sempre muito bem.
Ainda que tratado muitas vezes como Exu,
os Malandros não são Exus. Essa idéia existe porque quando
não são homenageados em festas ou sessões particulares,
manifestam-se tranqüilamente nas sessões de Exu e parecem um deles.
Os Malandros são espíritos em evolução, que após um determinado tempo
podem (caso o desejem) se tornarem Exus.
Mas, desde o início trabalham dentro da linha dos Exus.
Pode-se notar o apelo popular e a simplicidade das palavras
e dos termos com os quais são compostos os pontos
e cantigas dessas entidades. Assim é o malandro, simples,
amigo, leal, verdadeiro. Se você pensa que pode enganá-lo,
ele o desmascara sem a menor cerimônia na frente de todos.
Apesar da figura do malandro, do jogador, do arruaceiro,
detesta que façam mal ou enganem aos mais fracos.
Salve a Malandragem!
Na Umbanda o malandro vem na linha dos Exus,
com sua tradicional vestimenta: Calça Branca,
sapato branco (ou branco e vermelho), seu terno branco,
sua gravata vermelha, seu chapéu branco com uma fita vermelha
ou chapéu de palha e finalmente sua bengala.
Gosta muito de ser agradado com presentes, festas,
ter sua roupa completa, é muito vaidoso,
tem duas características marcantes:
Uma é de ser muito brincalhão, gosta muito de dançar,
gosta muito da presença de mulheres, gosta de elogiá-las, etc...
Outra é ficar mais sério, parado num canto assim como sua imagem,
gosta de observar o movimento ao seu redor
mas sem perder suas características.
Às vezes muda um pouco, pede uma outra roupa,
um terno preto, calças e sapatos também pretos, gravata vermelha
e às vezes até cartola. Em alguns terreiros ele usa até uma capa preta.
E outra característica dele é continuar com a mesma roupa da direita,
com um sapato de cor diferente, fuma cigarros, cigarilhas ou até charutos,
bebe batidas, pinga de coquinho, marafo, conhaque e uísque, rabo-de-galo;
é sempre muito brincalhão, extrovertido.
Seu ponto de força é na subida de morros, esquinas, encruzilhadas
e até em cemitérios, pois ele trabalha muito com as almas,
assim como é de característica na linha dos pretos velhos e exus.
Sua imagem costuma ficar na porta de entrada dos terreiros,
pois ele também toma conta das portas, das entradas, etc...
É muito conhecido por sua irreverência,
suas guias podem ser de vários tipos, desde coquinhos com olho de Exu,
até vermelho e preto, vermelho e branco ou preto e branco.
História de Zé Pilintra
José dos Anjos, nascido no interior de Pernambuco,
era um negro forte e ágil, grande jogador e bebedor,
mulherengo e brigão. Manejava uma faca como ninguém,
e enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assinar o atestado de óbito.
Os policiais já sabiam do perigo que ele representava.
Dificilmente encaravam-no sozinhos, sempre em grupo e mesmo assim
não tinham a certeza de não saírem bastante prejudicados
das pendengas em que se envolviam.
Não era mal de coração, muito pelo contrário, era bondoso,
principalmente com as mulheres, as quais tratava como rainhas.
Sua vida era à noite. Sua alegria, as cartas, os dadinhos a bebida,
a farra, as mulheres e por que não, as brigas.
Jogava para ganhar, mas não gostava de enganar os incautos,
estes sempre dispensava, mandava embora, mesmo que precisasse
dar uns cascudos neles. Mas ao contrário, aos falsos espertos,
os que se achavam mais capazes no manuseio das cartas e dos dados,
a estes enganava o quanto podia e os considerava os verdadeiros otários.
Incentivava-os ao jogo, perdendo de propósito quando
as apostas ainda eram baixas e os limpando completamente
ao final das partidas. Isso bebendo aguardente, cerveja,
vermouth, e outros alcoólicos que aparecessem.

No Nordeste do Pais, mas precisamente em Recife
(na religião que conhecemos como Catimbó),
ainda que nas vestes de um malandrão, a figura de Zé Pilintra,
tem uma conotação completamente diferente. Lá, ele é doutor,
é curador, é Mestre e é muito respeitado.
Em poucas reuniões não aparece seu Zé.
O reino espiritual chamado “Jurema”,
é o local sagrado onde vivem os Mestres do Catimbó,
religião forte do Nordeste, muito aproximada da Umbanda,
mas que mantém suas características bem independentes.
Na Jurema, Seu Zé, não tem a menor conotação de Exu,
a não ser quando a reunião é de esquerda,
por que o Mestre tem essa capacidade.
Tanto pode vir na direita ou na esquerda.
Quando vem na esquerda, não é que venha para praticar o mal,
é justamente o contrário, vem revestido desse tipo de energia
para poder cortá-la com mais propriedade e assim ajudar
mais facilmente aos que vem lhe rogar ajuda.
No Catimbó, Seu Zé usa bengala, que pode ser qualquer cajado,
fuma cachimbo e bebe cachaça. Dança côco, Baião e Xaxado,
sorri para as mulheres, abençoa a todos,
que o abraçam e o chamam de padrinho

Procure Aqui O que precisa