conter12

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Orixás

OS Filhos De OGUM

Os filhos de Ogum têm forte tendência as lideranças, lutam bravamente até a vitória. Às vezes são egoístas e encrenqueiros, gostam de comprar brigas de amigos.


Com temperamento quente, irritam-se facilmente. São pessoas inteligentes, alegres e gostam de compartilhar as alegrias. Assim como o seu Orixá são mulherengos, festeiros e entrosados. Quando põem uma coisa na cabeça. Ninguém tira. Gastam aqui o que ganham ali. Geralmente são de estaturas médias para alto, fortes e de musculatura definida.
 
 
Os filhos de Ogum têm um comportamento às vezes briguento, mas com um grande senso de honra. A ligação desse Orixá com os caminhos fazem com que seus filhos gostem de viajar muito e não consigam se fixar num mesmo lugar por muito tempo. São persistentes quanto a seus objetivos e uma vez que tenham um em vista, dificilmente algo ou alguém conseguirá faze-los desistir de seguir o caminho escolhido. A natural expansividade também o leva a ser um líder nato. O tipo físico atribuído aos filhos de Ogum é o atlético, musculoso, com muita energia, por isso se interessam por praticar esportes no qual gastam energia. São do tipo que dão valor à liberdade sem fixar-se aos valores comuns da sociedade (valores materiais).
 
 
As pessoas de Ogum pelas próprias características desse Orixá são sempre valentes, impetuosos, destemidos, corajosos, objetivos, sentem um gosto por mudanças de lugares, por conquistas e assuntos ligados ao domínio de ferramentas e tecnologia.
 
 
São grandes negociantes, amante fiel e bem dedicado à família, são também verdadeiros guardiões de seu próprio patrimônio, geralmente são pessoas bonitas, talentosas e inteligentes.
Os filhos e protegidos de Ogum recebem dele esse gosto pela liberdade e a coragem para enfrentar as maiores batalhas da vida.
 
 
Quando o assunto é o coração, os filhos de Ogum mostram-se pessoas bastante egoístas. Se estiverem apaixonadas, fazem de tudo para conquistar quem deseja sem se preocupar se está magoando alguém ou não. Adoram tomar a iniciativa na hora da conquista e sabem como usar o charme para atrair quem deseja. Como não desistem facilmente, é difícil alguém escapar de sua rede.Após ganhar o coração da pessoa amada, faz de tudo para que ela seja feliz ao seu lado. Entrega-se por inteiro e ama quase que cegamente. Sua fidelidade é grande e só é capaz de trair se sentir que a pessoa amada não está sendo sincera com seus sentimentos. Possessivas, não escondem seu ciúme e são capazes de armar grandes barracos quando seu sangue ferve.
 
 
Costumam se sair muito bem em profissões que envolvam raciocínio rápido (como as militares) ou então energia física (como os esportes).Também se destacam na área de administração, comércio e engenharia.
Sua ambição é grande, e para chegar onde deseja, traça planos bem objetivos. Como não gostam de ficar parados, costumam de vez em quando arrumar mais um emprego e isso é também uma maneira de melhorar sua conta bancária, já que gosta de gastar.
 
Por serem bastante esquentados, perdem a cabeça e jogam tudo para o alto num gesto impulsivo. Isso faz com que mude de emprego com facilidade. Com o tempo amadurece e aprende a controlar essa energia intempestiva. Assim facilmente alcança cargos importantes, já que impressionam pela capacidade de resolver os problemas mais complexos.
Por serem ansiosos e tensos, os regidos por Ogum, tem como pontos fracos a cabeça, o fígado e o estômago. Doenças como enxaquecas e gastrite são sinais de que precisam controlar o estresse. Uma maneira saudável é fazer caminhadas sozinhos ou esportes coletivos. Dormir bem também é importante para ficar cada vez melhor, pois uma boa noite de sono é capaz de transformar seu humor.

Historias De Ogum

Primeiro precisamos entender que quando falamos dos Oguns que baixam nos Templos de Umbanda rodando suas espadas no ar, não são o próprio Orixá Ogum, pois o Orixá não baixa na Umbanda, muito menos são Caboclos de Ogum, os caboclos de Ogum são índios que fazem cruzamento com este Orixá.
O Povo de Ogum que baixa nos terreiros são espíritos de homens que fora ligados ao militarismo de alguma forma, estes espíritos por afinidades astrológicas e energéticas trabalham nessa linha são Guerreiros Romanos, Gregos, Espartanos, Mouros, Gauleses, Bárbaros,Hititas, Egípcios, Malês, Sarracenos, Templários, Britânicos, Chefes Indígenas, Bedúinos, Persas, Macedônios, Chineses, Samurais, Babilônicos, enfim vários países e territórios.
Vamos as explicações:
Ogum Matinata: Veste Vermelho apenas, é a linha mais pura de Ogum, sando chamado por Ogum Guerreiro.
Ogum Beira-Mar: Veste Vermelho e Azul Claro, ligado as praias de Iemanjá, conhecido como o Sentinela de Maria.
Ogum de Lei (Ogum Delê): Ligado a Xangô usa Vermelho e dourado, cor de sua armadura trás uma balança nas mãos ligado a execução da justiça.
Ogum Yara: Ligado a Ibeji e Oxum, usa vermelho e Azul escuro trabalha nas nascentes dos rios.
Ogum Malê ou Malei: Ogum ligado a Oxalá,patrono das entidades do Oriente e de Cura, cuida de todos espíritos dos médicos astrais, usa Vermelho e Branco, não usa capacete.
Ogum Megê: Serventia de Obaluaiê, regula os Exús  trabalha muitas vezes dentro da Calunguinha, veste Preto, Vermelho e Amarelo, usa bandeira e lança como arma, alguns usam espadas, sempre representado montado num cavalo branco.
Ogum Rompe-Mato: Ligado a Oxóssi  cuida das entradas das matas e florestas, usa Verde escuro e Vermelho, uma espada de São Jorge na mão, alguns usam fitas na cabeça.
Ogum Sete-Espadas: Ligado a energia pura de Ogum, vibra com Ogum Matinata, usa uma espada na mão e outras seis cruzadas na capa, Usa vermelho e prata.
Ogum Sete-Ondas: Vibra com Ogum Beira-Mar, trabalha nas ondas do mar,ligado a Iemanjá usa Azul Royal e Vermelho, se veste com capacete de conchas.
Ogum das Pedreiras: Guarda as pedreiras de Xangô de armadura dourada e penas marrons, vibra com Ogum de Lei quase não se desloca grande executor não aceita ordens.
Ogum Caiçara: Vibra com Ogum Yara, usa Vermelho e Azul bebê, se desloca pelo templo cuida do fundo da foz dos Rios.
Ogum do Oriente: Vibra com Ogum Malê, com ligações árabes traz um turbante, vibra com as cores vermelho, branco e dourado.
Ogum de Ronda: Trabalha com Ogum Megê trabalha nas entradas da Calunguinha, corre sua ronda a Meia-Noite. Usa Preto, Vermelho e Verde. Trás cruz de Malta no peito.
Ogum das Matas: Usa Verde e Branco são espíritos Indígenas  usam espadas e bradam muito.
Ogum Sete-Lanças: Ligado a Ogum Matinata e Sete-Espadas usa vermelho apenas,  roda cruzando o terreiro.
Ogum Sete-Mares: Ligado a Ogum Beira-Mar e Ogum Sete-Ondas, cuida dos Mares usa azul bem escuro e vermelho.
Ogum de Ouro: Trabalha com Ogum de Lei e Ogum das Pedreiras, Usa Vermelho e Amarelo. Vibra com Iansã.
Ogum Menino: Vem com Ogum Yara e Ogum Caiçara trabalha nos lajeados e barrado de corais. Usa Vermelho e Azul.
Ogum da Lua: vibra com Ogum Malê e Ogum do Oriente, trabalha nas vibrações lunares, nos campos abertos do Humaitá. Usa Vermelho e branco.
Ogum Xoroquê: Trabalha com Ogum Megê e Ogum de Ronda vibra muito com Exu, ligado a obaluae tbm, é o Ogum mais negativo. Usa Preto, Vermelho e Branco.
Ogum dos Rios: Trabalha com Ogum Rompe-Mato e Ogum das Matas usa verde Agua e vermelho apesar do nome trabalha nas Pontes.
Além desses ainda existem outros Oguns: Ogum Naruê (Trabalha na calunguinha), Ogum da Estrada (Trabalha na estrada), Ogum Rompe Folha (Trabalha na Mata) Ogum Bandeira (Trabalha no Humaitá), Ogum Gererê (Ligado a Xangô).

Ogum





Os orixás são deuses africanos que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada Orixá os aproximam dos seres humanos, pois eles se manifestam através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúmes, amam em excesso, são passionais. Cada Orixá tem ainda seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários. Como resultado do sincretismo que se deu durante o período da escravidão, cada Orixá foi também associado a um santo católico, devido à imposição do catolicismo aos negros. Para manterem seus deuses vivos, viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente. 

Estes deuses da Natureza são divididos em 4 elementos – água, terra, fogo e ar.

Alguns estudiosos ainda vão mais longe e afirmam que são 400 o número de Orixás básicos divididos em 100 do Fogo, 100 da Terra, 100 do Ar e 100 da Água, enquanto que, na Astrologia, são 3 do Fogo, 3 da Terra, 3 do Ar e 3 da Água. Porém os tipos mais conhecidos entre nós formam um grupo de 16 deuses. Eles também estão associados à corrente energética de alguma força da natureza. Assim, Iansã é a dona dos ventos, Oxum é a mãe da água doce, Xangô domina raios e trovões, e outras analogias.

Na Umbanda e no Candomblé se cultuam muitos outros orixás, desconhecidos por leigos, por serem menos populares do que Xangô, Iansã, Oxóssi e outros, mas com um significado muito forte para os adeptos dos cultos afro-brasileiros. Alguns são necessariamente cultuados, devido à ligação com trabalhos específicos que regem, para a saúde, morte, prosperidade e diversos assuntos que afligem o dia-a-dia das pessoas. Estes deuses africanos são considerados intermediários entre os homens e Deus, e por possuírem emoções tão próximas dos seres humanos, conseguem reconhecer nossos caprichos, nossos amores, nossos desejos. É muito comum, alguns dizerem que suas personalidades são consequências dos Orixás que regem suas cabeças, desenvolvendo características iguais às destes deuses africanos.

Apresentamos à seguir as descrições dos 16 Orixás mais cultuados no Brasil.

Lembramos que existem diversas correntes no Candomblé e na Umbanda, por essa razão as informações poderão ser diferentes de acordo com a tradição ou região.

O PANTEÃO DOS ORIXÁS AFRO-BRASILEIROS

  • EXU – Senhor dos caminhos, Orixá mensageiro e vencedor de demandas. Por estar mais próximo da realidade humana é considerado o Orixá das causas materiais. Veste-se de vermelho e preto e seu elemento é o fogo. Seu dia é a Segunda-feira e sua saudação é “Laroiê !”. Seus filhos são pessoas críticas e originais, não ligam para opiniões alheias. Adeptos da lei do menor esforço, preferem concentrar suas energias no lazer. De hábitos noturnos, tendem a ser egoístas e tornam-se tristes quando não se encaixam em determinados ambientes.
 
  • OGUM –  é o Orixá guerreiro. Deus do ferro e da guerra. Seu domínio são as retas dos caminhos, as lutas e o trabalho. Veste-se de azul escuro, verde ou vermelho. Traz sempre sua espada pronta para o ataque. Seu dia é terça-feira e sua saudação é “Ogunhê !” Seus filhos, são pessoas com um apurado senso de honra e incapazes de perdoar uma ofensa. São fisicamente muito resistentes, curiosos por natureza, possuem muita capacidade de concentração e perseguem seus objetivos com determinação.
 
  • OXÓSSI –  Orixá caçador, protetor das matas, dos animais da floresta e dos caçadores. Veste-se de verde, azul turquesa e vermelho. Traz sempre o seu Ofá (arco e flecha). Seu dia é a Quinta-feira e sua saudação é “Okê Arô Oxóssi !” Seus filhos, são pessoas muito exigentes no cumprimento das obrigações, de atitudes firmes e até um pouco duras. Não têm “papas na língua” e costumam falar tudo o que pensam. Dão muito valor aos acordos e não faltam com sua palavra. Com tendência à timidez, não gostam de demonstrar suas emoções.
 
  • OSSAIM –  Orixá das ervas medicinais e das plantas em geral, presentes em todos os rituais de iniciação no Candomblé. É representado por um pássaro pousado num ramo e seu domínio é a mata virgem. Veste-se de verde e rosa. Seu dia é Quinta-feira e sua saudação é “Ewé ô – Ewe assá !”. Seus filhos, são pessoas com forte tendência à religiosidade, tolerantes e de bom coração. De personalidade instável, costumam controlar seus sentimentos e emoções. Valorizam a liberdade e não se apegam aos bens materiais.
 
  • OBALUAIÊ –  (ou OMOLU). O deus das pestes e das doenças de pele. Por ser o deus da peste conhece a cura de todos os males. Veste-se de branco e preto e usa um capuz de palha-da-costa que encobre todo o corpo. Dança com o Xaxará. Seu dia é segunda-feira e sua saudação é “Atotô !” Seus filhos, são pessoas que se preocupam demais com os outros, esquecendo de seus próprios interesses. Podem até ter uma boa situação financeira, porém não se apegam aos bens materiais. São inquietos e não apreciam a monotonia.
 
  • OXUMARÊ – Orixá da sorte, fartura e fertilidade. Protetor das mulheres grávidas. Seu domínio são os poços e fontes da mata. Veste-se de verde e amarelo ou com as sete cores do arco-íris e é representado por uma serpente. Seu dia é Terça-feira e sua saudação é “Àrobô bô yi !”. Seus filhos são pessoas orgulhosas e exibicionistas. Periodicamente mudam tudo em sua vida: casa, emprego, amigos, sempre buscando novidades. Costumam desenvolver o dom da vidência e possuem intuição aguçada, que normalmente lhes revelam os melhores caminhos.
 
  • EWÁ – Orixá das chuvas, rainha dos mistérios e da magia, jovem virgem que recebeu de Orunmilá o poder de ler os Búzios (o Oráculo de Ifá). Comanda os astros e está ligada às mudanças e transformações das águas. Veste-se de vermelho e branco. Seu dia é Sábado e sua saudação é “Ri-rò!”. Seus filhos são pessoas extremamente metódicas e racionais. Costumam traçar metas para tudo. Conservadoras, acabam sofrendo com o excesso de rotina que conseguem estabelecer em suas vidas.
 
  • XANGÔ – O Orixá da justiça, do trovão e da pedreira. Veste-se de vermelho e branco. Usa uma coroa, e traz o Oxé (machado duplo) e o Xerê (instrumento musical) Seu dia é Quarta-feira e sua saudação é “Kawó-Kabyesilé!”. Seus filhos são pessoas fisicamente fortes, atrevidos e prepotentes. Com um senso de justiça muito próprio, não suportam desaforos. As vezes agem como se fossem os donos da verdade. Porém, quando a situação complica, sempre buscam um meio termo, para não sair perdendo.
  • OXUM –  é a rainha dos rios e das cachoeiras (todas as águas doces), do ouro e do amor. Veste-se de amarelo, dourado, azul claro e rosa. Traz em suas mãos o Abebê (espelho-leque) e uma espada se for guerreira. É a segunda esposa de Xangô. Seu dia é Sábado e sua saudação é “Ora Ieiê Ô !”. Seus filhos são pessoas graciosas e elegantes, adoram jóias, perfumes e roupas caras. Voluptuosas, sensuais, esbanjam charme e beleza. Possuidoras de muita força de vontade e um grande desejo de ascensão social.
 
  • IANSÃ – É a deusa guerreira, senhora dos ventos, das tempestades e dona dos raios. É a dona dos eguns, por isso seus filhos são os mais indicados para a entrega de ebós. É a mulher principal de Xangô. Veste-se de vermelho, marrom escuro, e branco. Seu dia é Quarta-feira e sua saudação é “Eparrei Oiá !”. Seus filhos, são pessoas alegres, audaciosas, intrigantes, autoritárias e sensuais. Adoram usar jóias e bijuterias. Extrovertidas, francas e amantes da natureza. Ambiciosas e de temperamento forte. São guerreiras e comunicativas.
 
  • LOGUN-EDÉ – Filho de Oxum com Oxóssi. Seus domínios são os leitos de rios e mares. Veste-se com uma pele de leopardo, leva em uma mão o espelho de Oxum e na outra as armas de Oxóssi. Suas cores são amarelo e azul. É representado por um pavão ou um papagaio. Seu dia é Quinta-feira e sua saudação é “Olu A Ô Ioriki !”. Seus filhos são pessoas bonitas, atraentes e sedutoras. Carinhosos, amorosos e sensuais. Orgulhosos e vaidosos. Inconstantes, indecisos, frios e calculistas. Reservados e um tanto calados. Ciumentos, solitários e discretos.
  • OBÁ – Uma das esposas de Xangô, Orixá do equilíbrio e da justiça. Seu domínio são as águas revoltas. Veste-se de laranja e amarelo, portando espada e protegendo a orelha com um escudo. Seu dia é Quarta-feira e sua saudação é “Obá xirê !”. Os filhos de Obá são pessoas pouco atraentes, desajeitadas e de temperamento forte. Agressivas e objetivas. Aparentam ser mais velhas do que realmente são. Costumam ser bem sucedidas nos negócios e gostam de acumular bens.
  • IEMANJÁ – Orixá da harmonia em família, é considerada a Rainha dos mares e a mãe dos Orixás. Veste-se de azul e branco ou verde claro, portando seu Abebê (espelho-leque)decorado com uma sereia ou uma concha. Seu dia é Sábado e sua saudação é “Odô iyá !” Seus filhos, são autoritários, persistentes, preocupados, responsáveis e decididos. Amigos, protetores, faladores e não suportam a solidão. As mulheres, se comportam como super mães. Quando a segurança dos filhos e da família está em jogo, são agressivos e até traiçoeiros.
 
  • NANÃ – É o Orixá feminino mais velho do Panteão. É a mãe de Oxumarê e Obaluaiê. Em sua mão traz seu cetro o Ibiri. Veste-se de lilás, branco e azul. É a protetora dos doentes desenganados. Seu dia é Terça-feira e sua saudação é “Salubá !” Seus filhos são conservadores e apegados às convenções. Calmos, mas às vezes tornam se agressivos e guerreiros. As mães, são apegadas aos filhos e muito protetoras. Ciumentas e possessivas, exigem atenção e respeito. Não costumam ser muito alegres e não gostam de brincadeiras.
 
  • IBEJI –  Orixás Gêmeos protetores das crianças e da família. Vestem-se de azul, rosa e verde. São representados por dois bonecos gêmeos ou duas cabacinhas. Seu dia é domingo e sua saudação é “Oni Beijada!” Embora possa ocorrer, são raros os filhos de Ibeji. Essa energia infantil, geralmente se manifesta com o orixá do iniciado. Mesmo sendo adulto, quando em “estado de erê”, o iniciado torna-se brincalhão, irreverente, cheio de energia e aparenta ser mais jovem. Adoram festas, música e dança.
 
  • OXALÁ, é considerado o Pai de todos os orixás. É o mais velho e o primeiro a ser criado. É responsável pela criação do mundo e dos seres humanos. É o Orixá dos inhames novos e da agricultura, que traz as chuvas e que fecunda os campos, Sua festa ligada ao início do ano agrícola costuma ser em agosto e setembro, e inclui a renovação da água do templo e a lavagem dos objetos de culto. Está associado à justiça e ao equilíbrio. É cultuado nas seguintes formas: Oxalufã = Oxalá Velho e Oxaguiã = Oxalá Moço.
 
  • OXALUFÃ é o Orixá da paz, veste-se de branco portando sempre seu opaxorô (cajado). É representado por uma pomba branca. Seu dia é Sexta-feira e sua saudação é “Eepaá babá !”. Os filhos de Oxalufã (oxalá velho), em geral são pessoas calmas e dignas de confiança. Dotados de grande sabedoria, estão sempre buscando os significados de tudo o que ocorre ao seu redor. Não cansam de estudar e buscar o conhecimento. Também são teimosos orgulhosos e inteligentes e com tendência à serem preguiçosos.
 

 

  • OXAGUIÃ é um Orixá valente e guerreiro, considerado filho de Oxalufã. Também veste-se de branco, dança com muita energia carregando uma “mão de pilão”. Seu dia é Sexta-feira e sua saudação é “Exê êêê !Os filhos de Oxaguiã (oxalá moço), são pessoas joviais e viris. Ativos, guerreiros, alegres e generosos. Não se deixam influenciar por opiniões alheias. São organizados e metódicos em seus ofícios e projetos. Trabalhadores incansáveis e por essa razão, suscetíveis à crises de estresse.

Exu 7 Gargalhadas

Conde 7 Gargalhadas é um Exu bem antigo. Bem conhecido por sua sagacidade é um exu divertido, criativo e com uma expressividade enorme, tem talento em fingir e mentir. Foi elei quem ensinou os homens a fingir para fins artísticos e recreativos, ele pode ser convocado por mortais que querem ter criatividade e habilidades na escrita, peças de teatro e de agir. Ele gosta muito de seus filhos, e quando encontra um particularmente interessante e talentoso, ele sempre decide trabalhar. É um Exu que tem um sarcasmo sutil, inteligência brilhante e conversa divertida. Protetor dos Atores e das artes, atrás de sua gargalhada que ecoa em vibrações que o ouvido humano não pode ouvir trabalha limpando. 
Laroyê Exu 7 Gargalhadas

Exu 7 Covas

Eu tenho sete inimigos
mas não posso com nenhum
vou chamar seu Sete Covas
que de pé não fica um!
Sete Covas vem chegando
não tropeça no caminho
passa no quintal dos outros
mas não mexe com vizinho

PUNTOS CANTADOS DE EXÚ SETE COVAS


ELE É EXÚ PAGÁO
NÁO TEM QUEM OBEDECER    BIS
PRA ELÉ SÓ INTERESA
QUALQUER DEMANDAS VENCER
SE O EXÚ É BOM, ELE VENCE DEMANDA
SEU SETE COVAS É REI NA QUIMBANDA BIS.

EU NÁO TENHO PATRÁO
CALUNGA FOI QUEM ME CRIOU
MEU NOME É SETE COVAS
MINHA QUIMBANDA EU JÁ LOUVOU.


EXUE SEÑOR 7 COVAS !!!
LAROIE !!!


Exu 7 Capas

Exu 7 Capas é um poderoso Bruxo das Calungas (cemitério e Mar) ,é uma entidade espiritual evoluída e tem o poder sobre os espíritos das Sombras e da Luz.
Faz feitiços poderosos dentro da terra para vencer qualquer inimigo ou qualquer demanda, faz magia dentro do seu ponto cabalístico para trazer amor de volta, limpeza espiritual, prosperidade financeira, problemas de ordem afetiva, amarração amorosa, realiza trabalhos de alta Magia kibundo Para crescer na vida profissional adquirindo prosperidade e equilíbrio em todos os sentidos da sua vida.
Se você quer conquistar um amor Exu Bruxo 7 Capas tem o poder e o conhecimento para realizar trabalhos de magia na Calunga Grande e na Calunga pequena e faz a pessoa que você quer não ter caminho na vida se não estiver com você, se ela está com outra, Exu 7 Capas enterra e acaba com o amor e quebra qualquer ligação que esteja prendendo a pessoa que você ama a outra.
Se alguém roubou o seu grande amor, Exu 7 Capas irá separar estás pessoas nas 7 Linhas da Calunga e trará está pessoa para você da forma que deseja , pois tem o poder da terra e dos caminhos onde evoca o poder das Calungas da Noite e o poder das Damas da Madrugada e faz o feitiço e magia certo para que você realmente alcance o seus objetivos.
Se você tem inimigos Exu 7 Capas fará com que eles se decomponham e sofram com o seu próprio veneno e caiam aos seus pés de joelhos.
Se quer realizar um trabalho de magia poderosa e que realmente irá solucionar o seu problema então está no lugar certo!
Exu Bruxo 7 Capas Pode lhe ajudar a alcançar todos os seus desejos e objetivos.

Exu 7 Estradas

Lorde Juan Montés era um homem de muitas posses que vivia próximo a Toledo na Espanha havia herdado toda a riqueza de seus pais que morreram quando ele ainda era uma criança deixando-o sob os cuidados dos criados que eram de confiança da família, muito ambicioso acreditava que todas as formas de se ganhar dinheiro eram válidas desde que o mesmo fosse bem investido, então mesmo sendo muito rico se utilizava de furtos, chantagens e extorquia muitas pessoas e investia tudo em seus negócios, trabalhava com comércio e exportações que estava em alta na época.

Juan ficou sabendo de uma família de mercadores importantes do outro lado da Espanha e se interessou em se aliar e eles então marcou um jantar, só que Juan já havia agregado muitos inimigos no decorrer de sua vida, encarnados e desencarnados e mal sabia que o jantar era a deixa perfeita para uma emboscada armada por seus inimigos,como a viagem ia ser longa resolveu contar por quantas estradas passaria até chegar ao seu destino final, porém ao chegar na sétima estrada sua luxuosa carruagem foi atacada e ele foi cruelmente degolado aos 29 anos!

Passou muito tempo no baixo astral pagando suas dívidas e hoje é um ser de muita luz que ampara e ajuda muita gente, tenho um orgulho enorme e um amor incondicional pelo Guardião que carrego...Laroiê Senhor Sete Estradas!

Oxum

É a força dos rios, que correm sempre adiante, levando e distribuindo pelo mundo sua água que mata a sede. É a Mãe
da água doce, Rainha das cachoeiras, Deusa da candura e
da meiguice.
Orixá da prosperidade e da riqueza interior, ela é a manifestação do Amor, o amor puro, real, maduro, solidificado, sensível e incondicional, por isso é associada à maternidade e ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe, da mesma maneira que Yemanjá.
A regência fascinante de Oxum é o processo de fecundação, na multiplicação da célula mater.
É Oxum quem gera o nascimento de novas vidas que estarão no período de gestação numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas.
É, sem dúvida alguma, das regências mais fascinantes, pois é o início, a formação da vida. É Oxum que "tomará conta" até o nascimento, quando, então, entrega à Yemanjá, que será responsável pelo destino daquela criança.
Oxum não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver o seu brilho. É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência.
Os seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza. Como acontece com as águas, nunca se pode prever o estado em que encontraremos Oxum; como também não podemos segurá-la em nossas mãos. Assim, Oxum é o ardil feminino, considerada a deusa do amor, a Vênus africana. O casamento, o ventre, a fecundidade e as crianças são de Oxum, assim como, talvez por consequência, a felicidade.
De menina-moça faceira, passando pela mulher irresistível até a senhora protetora, Oxum é sempre dona de uma personalidade forte, que não aceita ser relegada a segundo plano, afirmando-se em todas circunstâncias da vida.
Oxum é o amor, é a capacidade de sentir amor. A partir desse amor é que se dá a origem as Agregações, e consequentemente origina a concepção das coisas.
Ela é o elo que une os Seres sob uma mesma crença, trazendo a união espiritual. É o elo que une dois Seres sob o mesmo amor, agregando-os onde se dá inicio à concepção de uma nova vida. Ela é quem agrega os bens materiais que torna um ser rico, portanto, é conhecida como Orixá da Riqueza, Senhora do Ouro e das Pedras Preciosas.
O toque dos atabaques, que acompanha sua dança no candomblé, é denominado ijexá. A dança de Oxum é a mímica da mulher faceira, que se embeleza e atavia, exibindo com orgulho colares e pulseiras tilintantes.
Diante do espelho sorri, vaidosa e feliz, por se ver tão linda e sedutora. Essa doçura de encanto feminino, porém, não revela a deusa por inteiro. Pois ela é também guerreira intrépida e lutadora pertinaz.
Como as águas dos rios, a força de Oxum vai a todos os cantos da terra. Ela dá de beber às folhas de Ossain, aos animais e plantas de Oxossi, esfria o aço forjado por Ogum, lava as feridas de Obaluaê, compõe a luz do arco-íris de Oxumarê.
Oxum está em tudo, pois, se amamos algo ou alguém é porque ela está dentro de nós.
Data festiva: 12 de outubro e 08 de dezembro
Saudação: Eri ieiê ô, Ore yèyé o, Oraie iê Oxum, Ai iê ieu Mamãe Oxum (Salve Senhora da Bondade e da Benevolência)
Símbolo: um coração do qual nasce um rio.
Sincretismo religioso: Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora da Conceição.
Cores: amarelo dourado ou cor de rosa
Instrumento: Abebé, um leque em forma circular dourado ou feito em latão que pode trazer um espelho no centro
Pedra: Ametista, Quartzo Rosa
Ervas principais: Erva-cidreira, Melissa, Erva-de-Santa-Maria, Ipê-Amarelo, Mãe-Boa (erva sagrada de Oxum), Calêndula, Rosas Amarelas, Malva, Chuva de Ouro, Trevo Três Corações.
Oferendas: frutas doces em geral, banana prata e ouro, laranja-lima, cereja, maçã, pêra, melancia, goiaba, framboesa, figo, pêssego, uva; bebidas doces, ressaltando-se o mel, água de cachoeira, água de coco, champanhe de maçã, licor de cereja, suco de suas ervas e de suas frutas; flores de tonalidade amarela, lírios de toda espécie, margaridas, flor-de-maio, amor-perfeito, madressilva, narciso, rosa branca, amarela ou bicolor.
Ponto de força: cachoeiras, rios ou nascentes

Nanã Buruquê

Nanã Buruquê é representada como a grande avó, de energia amorosa e feminina é a Ela que clamamos quando precisamos nos auto-perdoar e nos libertar do passado.
Ela representa o colo que aconchega, acolhendo amorosamente nossas dores para nos ajudar a transformá-las com sabedoria.
A Orixá Nanã Buruquê rege a maturidade, portanto está sempre associada à maternidade (a vida).
Nanã está na Linha da Evolução, um raio essencial para o crescimento dos seres.
É o pólo magnético negativo, feminino e absorvente e no pólo magnético positivo e masculino está o Orixá Natural Obaluaiyê.
Ela cuida da passagem no estágio evolutivo do ser, adormecendo os espíritos e decantando as suas lembranças com o passado, deixando-os prontos para reencarnarem.
Obaluaiyê, então, é quem estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto) que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).
Portanto, o campo preferencial de atuação de Nanã é o racional, pois decanta o emocional dos seres, preparando-os para uma nova "vida". É Ela quem faz esquecer, é Ela quem deixa morrer para renascer.
O seu elemento é a lama do fundo dos rios. Ela é a deusa dos pântanos, da morte (associada à terra, para onde somos levados após a morte) e da transcendência.
Nanã é considerada a mais velha dos Orixás das águas, age com rigor em suas decisões, oferece segurança, mas não aceita traição. É uma figura muito controversa no panteão africano: ora perigosa e vingativa, ora desprovida dos seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido.
Nanã é conhecida por dois nomes distintos: Nanã Buruquê, a Avó de Oxalá, e Nanã Burucum – Nanã Buruku (iku, "morte") - a Mãe de todos os Exus.
Deusa dos rios, lagos e pântanos. A Mãe das águas e das Iabás (Orixás femininos), é a mais velha das mães. É a senhora de muitos búzios, que simboliza a morte por estarem vazios e a fecundidade por lembrarem os órgãos genitais femininos.
Nanã sintetiza em si a vida e a morte, a fecundidade e a riqueza. Seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos jêje, da região do antigo Daomé, Nanã significa mãe. A grande Mãe da Sabedoria.
Data festiva: 26 de julho
Saudação: Saluba Nanã (dona do pote da Terra)
Sincretismo religioso: Nossa Senhora Sant'Ana
Cores: Violeta ou lilás (sabedoria)
Instrumento: Vassoura de palha ou Ibiri (cetro de palha da costa, com talos de dendezeiro e búzios) que ela traz na mão para afastar a morte.
Pedra: Ametista
Ervas principais: assa-peixe, agapanto-lilás, alfavaca, avenca, cedrinho, erva-cidreira, macaçá, manacá, quaresmeira, manjericão da folha roxa, folha de limão, lágrimas de Nossa Senhora (folhas), mastruço, pariparoba, erva-de-santa-luzia, quina roxa, abóbora, vitória-régia, açucena, suma roxa, folha da fortuna, viuvinha (trapoeraba roxa), samambaia, melão de São Caetano, crisântemo branco ou roxo, rosa e palma branca
Oferendas: Velas brancas, roxas e rosas; flores brancas e lilases, champagne rosé, calda de ameixa ou de figo; melancia, uva, figo, ameixa e melão, mingau de sagu, milho branco e arroz, tudo depositado à beira de um lago ou mangue, com muito respeito e amor.
Ponto de força: Pântanos e lama

Obaluaye

É o Orixá da cura, da sabedoria, da transmutação e
da evolução
.
Quando se fala em Orixá Obaluayê e Omulu, algumas dúvidas surgem, e uma delas é: Obaluayê e Omulu são o mesmo Orixá?
A explicação é simples: quando os negros vieram da África para o Brasil, como escravos, trouxeram centenas de Orixás (dizem que o número era em torno de 300 a 400), com esse grande número de Divindades percebe-se que alguns atuam no mesmo elemento e com a mesma qualidade, portanto começaram a ser cultuados unidos como se fossem um só, como exemplo encontramos Oxalá e Oba talá, Oxossi e Ossain, e muitos outros, fato que também aconteceu com Obaluayê e Omulu.
Portanto, encontramos alguns Terreiros onde esses dois orixás são cultuados como sendo o mesmo e em outros, são cultuados como sendo Orixás diferentes.
Este Orixá tem muita força e se desdobra em duas vibrações o Obaluayê (velho), que representa o sábio, o feiticeiro, guardião, que tem como elemento a terra úmida e sua vibração está em tudo que está acima da terra do cemitério e o Obaluayê (novo) chamado de Omulu que representa o guerreiro, o caçador, o lutador e tem como elemento a terra seca, sendo seu habitat tudo que está abaixo da terra do cemitério.
Apesar de falarmos em cemitério isso não quer dizer que esse Orixá seja a morte, Ele "simplesmente" é o Orixá da terra e também é chamado de "Rei da Terra".
A Terra é elemento vital para a vida humana pois é de onde se tira a subsistência, é através dela também que se transforma tudo de ruim em elemento fértil, portanto a qualidade TRANSMUTADORA e a essência EVOLUCIONISTA são atributos de Obaluayê, além de ser o Orixá da cura, sendo a ele creditado o nome de "Médico dos Pobres".
Obaluayê é o Orixá que atua na Evolução e seu campo preferencial é aquele que sinaliza as passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução para outro.
É a Ele que clamamos quando nos sentimos estagnados ou em sofrimento (na dor física, mental, emocional ou espiritual). É a Ele que pedimos ajuda para evoluirmos em espírito ou para sairmos de um nível de entendimento para a sabedoria espiritual. Muitos associam o divino Obaluayê apenas com o Orixá curador, o que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas Obaluayê é muito mais do que já o descreveram.
Ele é o "Senhor das Passagens", de um plano para outro, de uma dimensão para outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa. Portanto, Obaluayê (Omulu) não é o Orixá da doença e nem é a peste, pois é Ele quem nos cura dos males, é Ele quem nos ajuda na Evolução, na Transformação e nas Passagens, sendo assim, devemos respeitá-lo, amá-lo e venerá-lo como realmente deve ser.
Data festiva: 17 de Dezembro e 16 de Agosto
Saudação: "Atotô Ajuberú" quer dizer: Silêncio, escutai, hora da devoção.
Sincretismo religioso: São Lázaro e São Roque
Cores: preto e branco para Obaluayê; preto, vermelho e branco para Omulu; preto e vermelho para Xapanã.
Instrumento: Leguidibá, Xaxará e Brajá de búzios. Xaxará (Sàsàrà), espécie de cetro de mão, feito de nervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas, em que ele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como "varre" as doenças, impurezas e males sobrenaturais. Esta representação nos mostra sua ligação com a terra, o tronco e o ramo das árvores, transporta assim o Asé (axé) preto, vermelho e branco. Está relacionado com o axé preto (terra), contido no segredo do "ventre fecundado" e com os espíritos contidos na terra.
Pedra: Turmalina Preta – Onix Preta
Ervas principais: Folha de Omulu (canela de cachorro), Pariparoba, Mamona, Cambará, Cravos e Crisântemos brancos ou lilás
Oferendas: pipoca feita na areia com fatias de coco regada com mel; água mineral ou vinho tinto; flores e velas brancas.
Ponto de força: cemitério "calunga pequena", mar "calunga grande" e caverna.

Oxossi

Deus da caça, é ligado às matas. Alegre, jovial, expansivo e irrequieto, tem enorme popularidade na Bahia.
Oxossi é o Orixá que revela a importância da caça entre os povos africanos, com reflexos no culto religioso, lembrando que antigamente na África os caçadores eram os responsáveis pelo sustento e manutenção das aldeias.
Sendo um caçador, é o Orixá que garante a fartura, o sustento, a alimentação e a prosperidade ao ser humano. Em seu lado negativo, porém, pode ser também o pai da míngua e da falta de provisão. Muitas vezes é chamado de Odé Wawá, ou seja, "Caçador dos Céus".
Na Umbanda Oxossi é patrono da linha dos caboclos, uma das mais ativas da religião e recebe o título de Rei das Matas.
Oxossi é caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento, logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.
Oxossi é a busca, é a procura, é a curiosidade, é o movimento contínuo na evolução dos seres, na apresentação de novos conhecimentos e de novos horizontes. Simbolicamente representamos Oxossi com sete setas que são as sete buscas contínuas do ser. Oxossi expande, irradia e impele os seres.
Data festiva: 20 de janeiro
Saudação: Okê Arô! Que significa "Salve o Grande Caçador!"
Símbolo: Arco e flecha
Sincretismo religioso: São Sebastião
Cores: verde
Instrumentos: Ofá, arco e flecha, Iruqueré, cetro feito com pelos do rabo do touro, Oge, Chifres de touro
Pedra: Esmeralda, Amazonita, Quartzo verde
Ervas principais: Alecrim, Guiné, Vence Demanda, Abre Caminho, Peregum, Taioba, Espinheira Santa, Jurema, Mangueira, Desata Nó, Alfavaca, Caiçara, Eucalipto.
Oferendas: Milho cozido, frutas, milho com fatias de coco, vinho tinto, água de coco, caldo de cana, flores do campo
Ponto de força: Matas

Xango

Xangô é a Divindade que rege o fogo, o trovão, os raios, muito semelhante a Javé, Zeus, Odin e Tupã. Pode, através da sua justiça, dispensar favores, movendo favoravelmente ventos, raios, trovões para nos defender e para ganharmos causas.
A sua Lei é como a rocha: dura, justa, cega. XANGÔ é o fogo latente na pedra, e ao mesmo tempo, a própria pedra em que se buscam os seus atributos que são: rigidez, implacabilidade e estabilidade.
Isto equivale dizer que: não cede nem à flexão e nem à pressão, julga de forma severa mas sem precipitação e finalmente estabelece a ordem tranquilizadora. Portanto esta vibração nos adverte que sua presença – a JUSTIÇA - é necessária para que haja a verdadeira estabilidade e fortalecimento na alma, individual e universal.
Dono das leis e das escritas, padroeiro dos intelectuais, Xangô é o Orixá da sabedoria, que gera o poder da política, é a ele que recorremos para resolver problemas com papéis, documentos e estudos.
Devemos pensar duas vezes antes de batermos a mão, a cabeça e clamarmos por justiça, pois se a nossa demanda for justa ele nos amparará e se não for, aos rigores de sua lei seremos chamados e o seu raio de correção virá para cima de nós mesmos.
Então quando nos sentirmos injustiçados, devemos pedir que Xangô nos esclareça e se estivermos certos, que ele esclareça a outra parte, e se esta não ouvir, então não precisamos nem pedir pois a lei de ação e reação é automática e a justiça de Xangô se cumprirá em nossas vidas.
Xangô é o Senhor das Almas, cujo atributo é a sabedoria a fim de exercer a Justiça Divina, aferindo em sua balança todas as almas. Através da manipulação do elemento fogo, Xangô, mais do que fazer cumprir a lei cármica para todos os seres viventes, ilumina o caminho a ser seguido, bem como ajuda a libertar dos grilhões milenares dos enganos que escravizam a consciência.
É sobre esta linha de força espiritual que se agrupam todos os espíritos que coordenam a lei de causa e efeito, decorrente da lei cármica como alicerce do mundo, e se manifestam na forma de caboclos, pretos velhos, boiadeiros, entre outros.
1) XANGÔ KAÔ - É o principal e mais cultuado como dirigente desta linha. Também conhecido como Xangô Velho. Vibra na cor marrom escuro, simbolizando a pedra antiga na qual foi assentada a justiça, evidenciando a sabedoria. Ele atua na pedreira sobre a qual está assentado o campo florido que recebe as obrigações de Oxalá.
2) XANGÔ ALAFIM - ECHÊ - Esta legião trabalha nas pedras solitárias dos caminhos ou das matas que servem de assento a viajantes ou caçadores cansados, como que os convidando à meditação que leva à sabedoria na busca de soluções para os impasses da vida. Suas vibrações auxiliam oradores, intelectuais, juristas e juízes pois defendem integralmente a pureza moral. Suas oferendas são realizadas nas pedras solitárias.
3) XANGÔ ALUFAM - Esta legião trabalha nas pedras dos rios, dos mares, cachoeiras, lagos e fontes. Xangô Alufam é considerado o protetor dos pescadores e responsável pela diretriz dos desencarnados, pois possuem as chaves do céu, simbolizando a água e a pedra. Suas oferendas são realizadas em todas as pedras que estejam em contato com a água.
4) XANGÔ AGODÔ - Legião dos caboclos que trabalham nas pedras e que estão dentro dos rios, nos seixos rolados, nas pedras iniciáticas e na pedra batismal. Suas oferendas são realizadas nas pedras dos rios.
5) XANGÔ AGANJÚ - Esta legião trabalha na pedra da cachoeira, simbolizando a harmonia entre o amor e a justiça. Ou entre a esposa Oxum e o marido Xangô, ou ainda a harmonia conjugal, que abençoa a família. Suas oferendas são realizadas na pedra da cachoeira, incluindo uma vela azul escuro ou rosa para Oxum.
6) XANGÔ ABOMI - É a legião de caboclos que trabalham nas montanhas de pedra ou cadeias de montanhas interligadas, serras, etc. Sua força é muito solicitada nas horas de aflição, quando se perde algo, além de proteger o casamento. Quando se pede a proteção para o casamento, assenta-se uma vela azul claro oferecida a Yemanjá.
7) XANGO DJACUTÁ - É a legião mais conhecida como a do Deus Trovão e Senhor dos Raios, Coriscos e Meteoritos. Djacutá também significa pedra. É o comandante dos caboclos que trabalham na pedra do raio, simbolizando a justiça que vem do alto, ou seja, a justiça cósmica que vem do Deus Criador. Sua força é muito solicitada nas horas de aflição causadas por injustiças provocadas por outras pessoas, assentando-se uma vela branca oferecida ao Orixá Tempo.
Na pedreira, com Iansã, Xangô nos traz o arrojo, a determinação, a fortaleza, a segurança, a firmeza e a sustentação. Na cachoeira, junto com Oxum, nos purifica, nos energiza, nos dá vida, vigor, saúde e inteligência.

O significado do seu nome está na formação da palavra:
XA = Senhor, Dirigente; ANGÔ = AG + NO = Fogo Oculto = Raio, Alma
Portanto, XANGÔ, equivale a SENHOR DO FOGO OCULTO

Saudação: Kawó Kabiyécilé ou Caô Cabiecilê que significa "Venham ver o Rei Descer Sobre a Terra!"
Símbolo: Os machados de duplo corte, que significam a alma em busca de equilíbrio e é também o símbolo da imparcialidade; A balança que significa a justiça de Oxalá; A estrela de seis pontas, associada com a sabedoria de Sa lomão e representando o equilíbrio entre o céu e a terra, a água e o fogo, o ho mem e a mulher, ou seja, representa o equilíbrio universal.
Cores: marrom, vermelho, cinza ou ainda o roxo
Instrumento: Oxé, machado de duas lâminas; Xerém, espécie de chocalho que traz em suas mãos representando o despertar dos raios e dos trovões.
Pedra: Pedra do Sol, Agata do Fogo, Jaspe vermelha
Ervas principais: Folhas de alecrim do campo, folhas de limão, folhas de mangueira, folhas da goiabeira, folhas de uva, folhas de beterraba, babosa, guiné, levante, lírio, violeta, folhas da ameixeira.
Ponto de força: alto de uma pedreira ou cachoeira.
NOTA: A pedra de Xangô para estar viva, tem que estar com limo, lodosa, pois seca ela morrerá, por essa razão, deve-se manter o OTÁ de Xangô, sempre imerso n'água, acrescentando e não trocando a água

Oxala

É o Orixá da criação. Representa o mais alto na hierarquia dos Orixás, tendo como contraparte nosso Mestre Jesus, o médium supremo.
É cultuado como o Senhor de todas as coisas e do universo, pois é Ele quem ordena aos Orixás que venham ajudar seus filhos por meio dos Guias e Mensageiros que vêm à Terra. Sua imagem é a de Jesus Cris to, sem a cruz e de braços abertos.
Como Orixá na Umbanda, Oxalá se apresenta sob três formas:
Oxalá: sincretizado com Jesus Cristo.
Oxalufan: o Oxalá Velho, sincretizado com Jesus no Monte
das Oliveiras.
Oxaguian: o Oxalá Menino, que é sincretizado com o Menino Jesus de Praga.
Oxalufan, Oxalufã, Oxalufon ou Orixalá
É considerado um Oxalá muito velho e sábio, é a primeira forma de Orixá que foi criada por Olorun no início dos tempos, sendo assim associado ao ar que existia antes da criação da Terra e também à água do início da existência. Detém o axé da criação de todos os seres da Terra, representando a fer­tilidade masculina.
Veste-se inteiramente de branco, sendo responsável pela manutenção da paz e da tranquilidade entre os seres criados. Representa a matu ridade, a sabedoria e o equilíbrio. O raciocínio e a constante reflexão sobre todos os aspectos da sua existência são as grandes contribuições desse Orixá para os seres humanos.
Curvado pelos anos, an da com dificuldade e hesi tação. Ele apóia seus passos camba leantes sobre um opa xorô (ou paxorô), grande cajado de metal branco com três pratos, que simbolizam a sua supremacia sobre os mundos dos seres humanos, dos espíritos e dos orixás. O pássaro, que está pousado na ponta do opaxorô, é um mensageiro que faz a ligação entre esses mundos.
Com esses pratos, Oxalá carre ga e distribui o alimento sagrado para todos os seres humanos e seres encantados. Os pingentes, que estão presos aos pratos, simbo lizam os presentes que Lhe eram ofertados nos diferentes lugares por onde passou em suas caminhadas pelo mundo.
O alá é um outro símbolo de Oxalufan, que consiste num pano branco usado para protegê-lo do calor, bem como abrigar, sob sua proteção, todos os seres criados. Serve também para representar a separação entre a Terra e o Céu.
Oxaguian ou Oxanguiã
É apontado como o Oxalá jovem, "o moço", o aspecto guerreiro de Oxalá, que carrega uma espada cheio de vigor e nobreza. Oxaguian incentiva o trabalho e a superação. É o provedor, o guerreiro da paz, é forte, astuto e con quistador. Nunca entra numa batalha para perder, sempre ganhando suas lutas e superando quaisquer obs tá culos. Rege as inovações, a bus ca pelo aprimoramento e o incon formismo. Representa o início de um movimento. É o Orixá da fartura, da riqueza e do raciocínio pleno.
Oxaguian e Ogum possuem uma grande ligação. Enquanto Ogum for nece meios (ferramentas e armas), Oxaguian fornece inteligência e von tade para vencer, ou seja, além do ra ciocínio, esse orixá usa o artifício da guerra em determinados momentos. Essa guerra não deve ser interpretada ao pé da letra, mas sim, num sentido mais abrangente como, por exemplo, na luta pela sobrevivência. Lembrando que Oxaguian evita ao máximo o confronto, ten tando sempre resolver os problemas de outra maneira, mas se os argu mentos não adiantam, entram na guerra lutando até o final. Portanto este Orixá carrega, além do branco, as cores azul e vermelha.

Obatalá ou Orisanlá

É o mais velho dos Orixás, "O Grande Rei Branco", "O Grande Orixá" ou "O Rei do Pano Branco" para os iorubás, criador do mundo, dos homens, animais e plantas.
É o pai de Oxalufan, que por sua vez é o pai de Oxa guian. Tão grande e poderoso é, que Obatalá não se mani festa, sua palavra transforma-se, imediatamente, em realidade. Representa a massa de ar, as águas frias e imóveis do começo do mundo, controla a formação de novos seres, é o senhor dos vivos e dos mortos, preside o nascimento, a iniciação e a morte.

Data festiva: 25 de dezembro
Saudação: Epá Babá, Exee Babá, Oxalá Yê Meu Pai.
Símbolo: estrela de cinco pontas.
Sincretismo religioso: Jesus Cristo e Nosso Senhor do Bonfim (na Bahia, onde é padroeiro)
Cores: Oxalá: branco, que é a cor que concentra todas as cores; Oxalufan: branco e prata;
Oxanguian: branco com nuanças de azul ou vermelho
Instrumentos: Opaxorô, um grande cajado enfeitado, feito com prata ou metal branco quando é Oxálufan. Es pada e mão de pilão também em metal branco (seu maior símbolo) quando é Oxaguian, além de espadas (sabre), Ofá (arco e flecha), Atori (Vara), escudo e mão de pilão.
Pedra: Quartzo Cristalino
Ervas principais: girassol, palmas, lírios, jasmim do cabo, tapete de Oxalá (boldo), alecrim, eucalipto, sálvia, entre outras.
Oferendas: frutas, coco verde, mel, canjica, água mineral ou vinho branco.
Ponto de força: todos os locais abertos, limpos e puros como praias, jardins, morros, matas.

A Umbanda

A origem de uma religião 100% brasileira.

Não se pode negar que a Religião de Umbanda nasceu da mistura de diversas crenças, vindas de outras religiões. Talvez por isso a Umbanda seja a religião que recebe a todos, sem discriminações, principalmente de credo religioso, muito ao contrário do que acontece com o umbandista quando este é recebido por outras religiões, mas não vamos falar disso aqui.

O importante mesmo é termos total consciência de que a Umbanda veio da cultura afro, somada aos costumes indígenas tupiniquins, além é claro do sincretismo católico, este último uma mistura de amor e imposição. Claro que ainda existem influências orientais, cardecistas, místicas, uma verdadeira miscelânea de culturas.

Na minha opinião, a mais forte destas influências é do Candomblé, e tenho muito orgulho de afirmar isso, pois apesar de a Umbanda ter nascido a pouco mais de 100 anos (primeiro registro oficial), sua raiz africada é milenar.

Pai Zélio Fernandino de Moraes foi quem registrou em cartório a primeira tenda Umbandista em 1908, sua casa, a Tenda de Umbanda Nossa Senhora da Piedade, não tocava atabaques, mas estes instrumentos do Candomblé foram incorporados a religião e hoje é difícil encontrar terreiro de Umbanda que não os possua em seus rituais. De onde veio isso?
Com certeza, esta influência veio de nossos queridos Pretos Velhos, entidades que se manifestam na Umbanda e que foram em vida, escravos de tempos antigos em nosso País.

Estes negros escravos, trazidos da África eram adeptos do Candomblé, de diversas nações diferentes, e a Umbanda, ainda sem um código específico e singular, administra seus templos individualmente através das orientações de seus guias patronos, ou seja, quem determina certos fundamentos em uma casa de umbanda é o guia espiritual chefe desta casa, daí a forte influencia dos rituais de nação trazidos por nossos queridos Pretos Velhos.

Giras de Umbanda - A Umbanda


Outra prova desta forte influencia e que também explica a entrada da cultura européia através da romana religião Católica, é o sincretismo dos Orixás (que vieram da África) com os santos católicos. Isso acontece simplesmente porque nossos antepassados negros, enquanto escravos, não podiam adorar Orixás e portanto adoravam santos católicos para não contrariar seus senhores, mas na verdade, quando um negro rezava para São Gerônimo por exemplo, estava em seu íntimo louvando a Xangô.

A religião de Pai Zélio, que completou 100 anos em 2008 é uma mistura de crenças, ainda em formação, e tomara que continue assim, pois a evolução humana não deve parar nunca, nunca devemos dizer que já sabemos de tudo e que isso é assim e assado. Tomara que a Umbanda continue evoluindo ainda mais e continue acima de tudo, uma religião eclética, sem preconceitos.

A caridade é o principal fundamento.

A ritualística de Umbanda é bastante vasta, vem sendo passada de pai para filho dentro da religião mas principalmente, vem sendo moldada pela orientação de nossos mentores espirituais, mas o principal objetivo é sem dúvida a caridade através dos atendimentos realizados por estes mesmos mentores.

Através da incorporação mediúnica, entidades espirituais muito mais evoluidas do que nós encarnados, vem prestar uma espécie de socorro as pessoas que recorrem aos diversos centros de Umbanda espalhados pelo País.

A forma que se realizam estes rituais difere um pouco de um templo para outro, justamente pelo fato de que cada casa possui seus fundamentos próprios, passados pelos seus mentores espirituais, mas em síntese ocorrem os mesmos preceitos.

O Terreiro é dividido em duas partes, o congá onde ficam os médiuns que irão trabalhar incorporados juntamente com os que irão auxiliar como cambonos e a assistência, onde se acomodam as pessoas que vem em busca deste atendimento.

A ritualística de abertura de uma Gira de Umbanda basicamente é composta de danças para os Orixás, cantos de melodias chamadas por nós de pontos cantados, defumações com ervas especiais e orações, inclusive as orações cristãs, como o Pai Nosso e a Ave Maria.

Ou seja, dentro da ritualística umbandista também se vê com clareza a mistura que compõem esta maravilhosa religião. Os atabaques e outros instrumentos comuns nos cultos aos Orixás se somam a práticas mais familiares aos cultos católicos, mas o culto aos Orixás sempre predomina, em muitos casos o Padê para o Orixá Exú, precede todas as giras, e isso é fundamento herdado do Candomblé que tem efeito prático no resultado das seções.

Este Padê consiste em cantar pontos para Exú e em seguida levar uma oferenda (ebó) até a canjira, que é o assentamento do Orixá na casa e fica do lado de fora do terreiro. Na prática, este ritual é um pedido para que Exú cuide da porteira e evite assim intromissões de espíritos menos evoluídos no trabalho, o chamado "descarrego".

Após estas louvações, rezas e pedidos, se chama em terra a entidade chefe do terreiro que irá incorporar no Zelador de Santo, o dirigente do terreiro, para tanto são entoadas cantigas especiais e próprias da entidade que virá trabalhar neste dia.

O guia chefe, depois de realizar os rituais de segurança da Gira, chama os médiuns já desenvolvidos que irão formar uma roda no centro do terreiro para receberem as entidades que irão prestar o atendimento a assistência.
Este atendimento é feito individualmente, os Guias de Luz passam orientações, receitas de banhos com ervas, dão o tradicional "passe mediúnico" que é o momento onde as entidades realizam as magias que resolvem os problemas daquela pessoa assistida.
São realizados diversos rituais nesta hora, mas acima de tudo estas entidades confortam as pessoas com seu modo carinhoso e humilde.

Existem, é claro, muitos fundamentos que envolvem a preparação de uma gira de Umbanda mas não é objetivo deste site apresentá-las em seus textos, que tem por finalidade apenas divulgar e difundir nossa cultura, mas fica a mensagem que encontramos em um destes pontos cantados que diz: A UMBANDA TEM FUNDAMENTO, É PRECISO PREPARAR.

Procure Aqui O que precisa