É o Orixá da cura, da sabedoria, da transmutação e
da evolução.
da evolução.
Quando se fala em Orixá Obaluayê e Omulu, algumas dúvidas surgem, e uma delas é: Obaluayê e Omulu são o mesmo Orixá?
A explicação é simples: quando os negros vieram da África para o Brasil, como escravos, trouxeram centenas de Orixás (dizem que o número era em torno de 300 a 400),
com esse grande número de Divindades percebe-se que alguns atuam no
mesmo elemento e com a mesma qualidade, portanto começaram a ser
cultuados unidos como se fossem um só, como exemplo encontramos Oxalá e
Oba talá, Oxossi e Ossain, e muitos outros, fato que também aconteceu
com Obaluayê e Omulu.
Portanto, encontramos alguns
Terreiros onde esses dois orixás são cultuados como sendo o mesmo e em
outros, são cultuados como sendo Orixás diferentes.
Este Orixá tem muita força e se desdobra em duas vibrações o Obaluayê (velho), que representa
o sábio, o feiticeiro, guardião, que tem como elemento a terra úmida e
sua vibração está em tudo que está acima da terra do cemitério e o Obaluayê (novo) chamado de Omulu que representa
o guerreiro, o caçador, o lutador e tem como elemento a terra seca,
sendo seu habitat tudo que está abaixo da terra do cemitério.
Apesar de falarmos em cemitério isso não
quer dizer que esse Orixá seja a morte, Ele "simplesmente" é o Orixá da
terra e também é chamado de "Rei da Terra".
A Terra é elemento vital para a vida
humana pois é de onde se tira a subsistência, é através dela também que
se transforma tudo de ruim em elemento fértil, portanto a qualidade TRANSMUTADORA e a essência EVOLUCIONISTA são atributos de Obaluayê, além de ser o Orixá da cura, sendo a ele creditado o nome de "Médico dos Pobres".
Obaluayê é o Orixá que atua na Evolução e
seu campo preferencial é aquele que sinaliza as passagens de um nível
vibratório ou estágio da evolução para outro.
É a Ele que clamamos quando nos sentimos estagnados ou em sofrimento (na dor física, mental, emocional ou espiritual).
É a Ele que pedimos ajuda para evoluirmos em espírito ou para sairmos
de um nível de entendimento para a sabedoria espiritual. Muitos associam
o divino Obaluayê apenas com o Orixá curador, o que ele realmente é,
pois cura mesmo! Mas Obaluayê é muito mais do que já o descreveram.
Ele é o "Senhor das Passagens",
de um plano para outro, de uma dimensão para outra, e mesmo do espírito
para a carne e vice-versa. Portanto, Obaluayê (Omulu) não é o Orixá da
doença e nem é a peste, pois é Ele quem nos cura dos males, é Ele quem
nos ajuda na Evolução, na Transformação e nas Passagens, sendo assim,
devemos respeitá-lo, amá-lo e venerá-lo como realmente deve ser.
Data festiva: 17 de Dezembro e 16 de Agosto
Saudação: "Atotô Ajuberú" quer dizer: Silêncio, escutai, hora da devoção.
Sincretismo religioso: São Lázaro e São Roque
Cores: preto e branco para Obaluayê; preto, vermelho e branco para Omulu; preto e vermelho para Xapanã.
Instrumento: Leguidibá,
Xaxará e Brajá de búzios. Xaxará (Sàsàrà), espécie de cetro de mão,
feito de nervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas,
em que ele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem
como "varre" as doenças, impurezas e males sobrenaturais. Esta
representação nos mostra sua ligação com a terra, o tronco e o ramo das
árvores, transporta assim o Asé (axé) preto, vermelho e branco. Está
relacionado com o axé preto (terra), contido no segredo do "ventre
fecundado" e com os espíritos contidos na terra.
Pedra: Turmalina Preta – Onix Preta
Ervas principais: Folha de Omulu (canela de cachorro), Pariparoba, Mamona, Cambará, Cravos e Crisântemos brancos ou lilás
Oferendas: pipoca feita na areia com fatias de coco regada com mel; água mineral ou vinho tinto; flores e velas brancas.
Ponto de força: cemitério "calunga pequena", mar "calunga grande" e caverna.
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